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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Fanfic - Amor, Sexo e Fotografia - Capítulo 26 - Welcome To Humanoid City! - Parte I


Pov Any

Na primeira semana de Janeiro, enquanto estava deitada na minha cama pensando em algumas coisas, a campainha tocou e sai correndo para atender, era dos correios, ele me entregou duas caixas enormes e assinei o papel, as caixas eram até bem leves e não tive dificuldades para carregá-las até em casa, coloquei-as em cima do sofá e comecei a abrir as caixas, na maior tinha um lindo urso panda, estava chorando de tanta felicidade, e na outra tinha um vestido maravilhoso, eu estava babando, corri para o quarto e fui experimentar e ficou perfeito, mas tinha reparado em um pequeno envelope alfinetado no vestido, o peguei e comecei a ler:

"Olhando assim parece que somos um só, este momento único é o momento que me transforma por completo em SEU minha amada. Será somente desejo? Digo com toda a certeza que NÃO. É muito mais do que isso, é AMOR sim o mais puro e real AMOR..."
Você é sim especial em minha vida, Te amo!!
Bill K.
Obs: Quero que use esse vestido, quando for te apresentar aos meus pais.

No mesmo instante que estou ansiosa pra conhecer a Dona Simone e o Gordon, fico tremendo feito vara verde de medo de eles não gostarem de mim. Mas quando será que isso vai acontecer? O Bill é cheio de surpresas, tenho medo do que ele pode aprontar.
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Acabei de chegar em São Paulo, mais precisamente em Pinheiros onde fica a sede da Spring Editora que é responsável pelas edições da revista Rolling Stone Brasil, a maior revista de entretenimento do mundo. Estou parada no trânsito e às vezes, eu faço a sobrancelha, tiro o excesso. Perco sempre a paciência com esse trânsito caótico, então, me distraio fazendo isso, também coloco um CD pra tocar, assim me tranquilizar um pouco. Recebi uma carta semana passada dizendo que eu não precisava me preocupar com moradia, pois a editora alugava os apartamentos para os funcionários que moravam longe, não moro assim tão distante da capital, mas seria corrido demais ficar indo e voltando.


Depois de ficar mais de uma hora com o carro parado, consegui pegar uma rua mais calma e chegar ao meu destino, o prédio é muito bonito, deve ter uns 25 andares, e o 12º é o da editora, deixei o carro no estacionamento, sim eu comprei um carro e é tão lindo, não é um Mustang que eu sempre sonhei, mas dá pro gasto. Entrei na recepção e me anunciei, uma moça muito simpática e loira me atendeu e me indicou o caminho, agradeci e peguei o elevador, parei do 12º andar, andei por um longo corredor e parei em frente a uma porta de vidro, entrei e uma secretária me recebeu, pediu para que esperasse na sala de espera pois o chefe ainda não tinha chegado.

Caminhei então até a sala de espera, e estava cheia acredito de novos funcionários e gente importante, passei um tempo danado sentada lendo umas revistas da ESPN que tinha na mesinha, estava ficando impaciente com aquela demora, aquele monte de gente me olhando, o bom é que tinha uns gatinhos na minha frente, assim eu me distraia olhando eles, mas nenhum tinha beleza suficiente para superar o Bill. Me entregaram uma senha, e meia hora depois chamaram o meu número, um belo rapaz me encaminhou até o escritório do chefe, e antes de entrar na sala, arrumei o meu terninho e o rapaz me desejou boa sorte, não sei por que tudo isso, eu fui transferida de Nova Iorque, onde os trabalhos são muito melhores do que aqui, e tive que passar horas sentada em um banco nada confortável. "Será que vou passar por outra entrevista?"


Abri a porta e avistei um homem de meia-idade sentado atrás de uma mesa de vidro, a mesma estava com várias edições passadas da revista, e estava um pouco bagunçado aquilo, a sala era bem iluminada, as cores claras nas paredes ajudava na iluminação, os moveis eram mais escuros e haviam muitos quadros pendurados. O homem fez um sinal com a mão me pedindo para sentar, andei até a mesa, me sentei na cadeira deixando a bolsa na cadeira ao lado, ele pegou uma pasta preta onde continha vários papeis, ficou observando algumas fotos e os documentos e vez ou outra ele me encara, até que depositou os papeis na mesa e se pronunciou:

Estava esperando por você.– Isso teve duplo sentido, pelo jeito que me olhava.-Pelas suas fotos, você é uma profissional competente.

A empresa é exigente, o trabalho tem que ser bem feito.– Fui curta e grossa.

Ótimo! Aqui não será diferente. Seu nome é Ana Lucia certo?– Apenas concordei com a cabeça e sorri.

_ Me chamo Carlos.– Ele se levantou da mesa e seguiu para a porta. - Venha, vou te levar até o seu apartamento.

E fica aqui perto? – Me levantei da cadeira, pegando a minha bolsa e fiqui de frente para ele.

Fica aqui no prédio mesmo, só vou verificar o seu andar com a secretária.

Ele saiu do escritório e o segui, conversou com a secretária e andamos pelo corredor até chegar ao elevador, entramos e ele apertou o botão número 20 e subimos, segundos depois o elevador se abre e nem preciso andar, pois já estava no hall de entrada do apartamento, era a coisa mais linda que já tinha visto, a decoração era perfeita e era muito mais espaçoso do que meu antigo apartamento, todo mobiliado, era impressionante a beleza daquele lugar. Ele me mostrou todos os cômodos e o meu quarto era uma fofura, mas o chato é que não tinha cama de casal, acho que não pode trazer namorado pra cá, a vista do apartamento também é belíssima, com muitas árvores e os cantos do pássaros passam uma tranquilidade.

Onde estão sua malas?– Estava tão distraída com a beleza do lugar que nem prestei atenção no que ele falava. - Terra chamando Lua – Balançou a mão em frente ao meu rosto.

Oh me desculpe, o que disse?

Perguntei onde estão suas malas.– Disse sorrindo.

Estão dentro no carro lá no estacionamento.

Vou pedir para buscarem então. Qual o modelo do seu carro?

_ É um Honda New Civic LXsS preto. - Dei as chaves do carro para ele.

Seu Carlos saiu do apartamento, minutos depois um dos funcionários aparecem com as minhas malas e entregam as minhas chaves, agradeci, mas antes de ir perguntei o seu nome, era Jonny e tinha carinha de uns 18 anos, perguntei também se os funcionários podiam trazer os namorados para os apartamento, disse que pode apenas com a permissão do chefe, e não pode ser em horário de serviço e também não pode passar a noite no apartamento, agradeci novamente e ele se foi. Me acomodei no apartamento, desfiz as malas, e só para prevenir, um tempo depois desci até o estacionamento e conferi se estava tudo certo com o carro.

Pov Bill

Canadá

Novos planos, nova turnê, novos países, parece que foi ontem que tínhamos lançado Humanoid e feito a turnê do CD, e agora caímos na estrada novamente, ou melhor nos ares. Chegamos no aeroporto, procuramos a nossa CIA aérea, fizemos check-in e aguardamos na sala de embarque. Um pequeno atraso. Entramos na nave. Sentei-me na janela com Tom ao meu lado. O tempo está nublado e chuviscos tímidos caem. O avião ligou o motor e esperei ansiosamente que as rodas deslizassem pelo solo a ponto de subir. E foi indo, foi indo, foi indo... Até o momento que pegou velocidade e foi subindo, ficando cada vez mais alto, a ponto de o meu estômago sentir espasmos de uma pequena emoção que eu não soube identificar. Estava calmo, já passei por isso inúmeras vezes, então nada foi inusitado. Em algumas longas horas já estaremos em Toronto no Canadá onde será realizado o nosso primeiro show, me lembro das cinco apresentações que tivemos no país durante a turnê “1000 Hotels” e a turnê norte-americana já agendada foram canceladas por eu ter que passar por uma cirurgia para retirar um cisto nas cortas vocais, mas tirando esse incidente os shows foram simplesmente incríveis e agora sim poderemos rodar as Américas. Tom pegou no sono a pouco tempo, ele está um pouco estranho, anda muito distraído, suspirando, acho que está com saudades da Quim. No outro dia ele passou algumas horas em uma loja feminina, acho que comprou algo para a namorada.

Não posso me esquecer de ligar para a Ana quando chegar em Toronto, ela fica preocupada quando não ligo, tem dias que até pergunta se meus pais estão bem, falando neles, enquanto estava em casa foi difícil esconder as fotos e as conversas na webcam, Dona Simone está ansiosa para conhecê-la, as vezes ela briga comigo pois não assumo logo esse namoro, "Ela pensa que é fácil né"?


Finalmente desembarcamos. Aguardamos nossa bagagem, e pegamos uma van que nos levou até o hotel onde ficaremos hospedados. Restam alguns minutos antes do esgotamento da bateria do notebook. A tomada mais próxima está sendo ocupada por um outro aparelho que também tem a sua utilidade indispensável. Hoje pela manhã ao sair na rua os termômetros marcavam- 15 temo que diminua mais. A temperatura fica abaixo de zero durante o dia e a noite. Em algumas partes do país, ela chega a cair para- 25 repentinamente, por sorte somos acostumados com isso, e não me preocupo se o show vai estar lotado ou não, nossas fãs são as mais fiéis e são capazes de enfrentar esse inverno só para presenciar a nossa apresentação. Tom assiste a algum seriado em seu notebook, enquanto Georg e Gustav estão deitados em suas camas lendo um livro e assistindo TV. Minha cabeça não para de latejar. Temo que isso estrague o resto de humor que poderia me restar para aproveitar ao resto do dia.

Dias depois...

Bem, hoje é o dia do show e acordamos “tarde”, mas temos tempo suficiente para nos aquecer, o palco no Stadium Air Canada Centre já está pronto e cada vez que piso em um a emoção fica cada vez mais forte. A noite de ontem foi de descobertas. Entre conversas e canções sussurradas no escuro, mentiras sinceras que me interessavam deixaram de ser tabu, e a franqueza ganhou vez na cronica. Ainda a pouco tirei um cochilo no camarim. O frio tenebroso deixa a gente meio lerdo e com sono. Cochilos revitalizantes ajudam mais que cafeína. Durante a fechada de olho sonhei que eu não sabia quem eu era e onde eu estava, mas tinha uma garota e tenho certeza que ela era a Ana, falando nisso preciso ligar para ela, procurei pelo celular no bolso e quando o achei logo disquei o número e após três toques ela atendeu.

Any: Bill?

Oi amor, tudo bem?– Perguntei com um sorriso no rosto.

Any: Oi meu amor.– Pude notar a sua felicidade. - Estou melhor agora, falando com você.

Estou morrendo de saudades. - Fiz um biquinho. - Daqui a poucos minutos já vou subir ao palco.

Any: Eu também estou morrendooo de saudades de você amor, ai que máximo queria tanto estar ai pra te ver arrasando no palco.– Nesse momento Jost bate na porta.

Jost: Bill, em 5 minutos, no palco por favor.– Apenas assenti com a cabeça.

Amor, já está na hora do show, me deseje sorte.

Any: Boa sorte amor, arrase ok? E não fique olhando para as garotas da primeira fila.– Dei um leve sorriso.

Eu só tenho olhos para você amor, te amo, depois te ligo e conto como foi o show.

Any: Também te amo, beijos.

Beijos.– Encerrei a chamada.

Natalie deu os últimos retoques na maquiagem eu e os meninos no unimos e desejamos um bom show, dei uma ultima olhada no espelho onde colei uma foto da Any e sorri, saímos do camarim, andamos por um longo corredor e nos posicionamos no pé da escada esperando as ordens do David, já podíamos sentir as vibrações das fãs, o calor humanos deles, quando David deu o sinal Gustav e eu fomos para o globo e a introdução de Noise começou, a multidão de fãs que estava na arena enlouquecia, gritavam nosso nome e batiam palmas acompanhando a música, meu coração começou a disparar, a emoção ficava cada vez mais forte, Tom saiu pela minha direita e Georg pela esquerda, já tocando seu instrumentos, o globo se abriu e antes de começar a cantar disse: "Welcome To Humanoid City".


Era fascinante ver os fãs se entregando ao som, sorrindo, chorando, gritando, pulando e cantando, os cartazes passando mensagens lindas, era um incentivo maior para que o show ficasse melhor ainda. Na introdução de Dogs Unleashed, estava embaixo do palco sentado em uma incrível moto, as fãs batiam palmas acompanhando as batidas, o elevador subiu e comecei a cantar remexendo sensualmente e percebi que as fãs amam isso, quando tirei os óculos escuros então, elas foram ao delírio. Em Dark Side Of The Sun chamas queimavam ao nosso redor e dava a sensação de estarmos realmente perto do sol nos queimando, em Zoom Into Me com Tom tocando o piano, não pude segurar algumas lágrimas ao ver os fãs se emocionando também. Uma hora e meia de apresentação depois, voltamos para o camarim, descansamos um pouco e fizemos o Meet & Greet e no dia seguinte sessões de autógrafos.

Estado Unidos

Acabamos de desembarcar no Aeroporto Internacional John F. Kennedy em Nova Iorque e uma multidão de fãs estão nos esperando, os seguranças estão sofrendo para detê-las, tiramos algumas fotos com elas, entramos na van e seguimos para o Hotel, durante o percurso lembranças boas passavam pela minha cabeça, nunca pensei que esse país ficaria marcado na minha vida, aquela premiação do VMA e a sessão de fotos jamais serão apagadas de meus pensamentos. No dia seguinte pela manhã demos um entrevista na rádio Power 96 em Miami, logo me lembrei do dia em que fizemos as tatuagens e como não é a hora certa da imprensa saber do nosso namoro, optei por colocar luvas para não mostrar a tatuagem no pulso. O entrevistador até tocou no assunto sobre namoro, mas consegui desviar o assunto, o mesmo foi feito pelo Tom, Georg falou cheio de orgulho da namorada, mas nunca diz o nome e nem conta muitos detalhes. Na semana seguinte tivemos outro show no Madison Square Garden em Nova Iorque, como sempre estava lotado, os fãs gritavam mais do que da ultima vez, foi emocionante.
México

Chegamos ao México e fomos muito bem recebidos pelos fãs, já no aeroporto haviam centenas dela, com cartazes e gritando o nome da banda, e com algum esforço conseguimos tirar algumas fotos e dar autógrafos a elas. Percebi que quanto mais nos aproximamos do Brasil, mais o clima esquenta, e os ar-condicionados do hotel não estão dando conta. Os fãs são muito calorosos e durante as apresentações no Palácio de Los Esportes e na Arena Monterrey, elas não paravam de gritar um minuto, e sabiam cantar todas as nossas canções, tanto em Inglês, como em Alemão e isso é gratificante. Voltando as altas temperaturas, a comida também é quente, é bem apimentada por sinal. Outro dia fomos até um restaurante e provamos as comidas típicas, Tom como é muito precipitado se engasgou com um pedaço de Camarones al Ajillo com chili, é um prato a base de camarões com um molho muito apimentado, por isso bebemos muita água e cerveja por causa do tempero. Em nossos momentos de folga, aproveitamos para conhecer alguns pontos turísticos do país, a arquitetura é muito bonita, e as pessoas são bem amigáveis e divertidas. Enquanto ficamos no hotel, aproveito para ligar para os meus pais e para Any e consigo matar um pouco a saudade deles. Scotty sempre nos acompanha em nossas turnês e nessa não foi diferente, como o hotel não aceita animais, ele está em um dos nosso ônibus, já o gato Kasimir está em casa. Tom atualiza seu blog duas vezes por semana com seus vídeos malucos, e algumas informações sobre a turnê. Nosso próximo destino: América do Sul.

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