Pov Any
Acordei com o sol entrando pela fresta da janela, esfreguei os olhos e olhei no relógio, marcava 09:30 AM olhei para o outro lado da cama procurando Bárbara e ela não estava. Me levantei, fui ao banheiro e fiz minha higiene matinal, coloquei uma regata preta e um shortinho cinza com detalhes em rosa, fiquei descalça mesmo, arrumei a cama e sai do quarto.
Desci as escadas e fui para a cozinha, chamei por Bárbara e não obtive resposta, fui tomar café da manhã, me sentei perto do balcão e bebi uma xícara de café com leite e comi alguns waffles. Caminhei até a sala, vi nossas roupas jogadas no sofá e pensei na maravilhosa noite que tivemos, me sentei no sofá e liguei a TV no canal da Mtv, estava passando um clipe dos Tokio Hotel era "Dark Side Of The Sun", aumentei o volume da TV e fiquei cantando junto com o Bill, após o término do clipe, passou uma entrevista onde os meninos falavam da nova turnê pelas Américas, o nome do Brasil foi citado, fiquei muito feliz pois finalmente as fãs teriam a chance de conhecê-los. Tom falava sobre as mulheres brasileiras, Bill das praias, Gustav das comidas e Georg do carnaval, falaram da ansiedade de começar a trabalhar na turnê e afins, quando a entrevista acabou meu celular começou a tocar.
I'm your biggest fan,
I'll follow you until you love me.
Papa-Paparazzi
Baby there's no other superstar, you know that I'll be.
Papa-Paparazzi
Corri até a mesa de centro para atender pensando ser a Bárbara, me dizendo onde diabos ela se meteu, nem reparei do número e logo atendi, para minha surpresa não era ela.
_ Alô? - Disse em português.
Tom: Hi!
_ Quem está falando?
Tom: Sou eu, o Tom.
_ Como conseguiu o meu número? - Arregalei os olhos.
Tom: O Jost me passou.
_ Veado! - Disse em português, me referindo ao Jost, por ter lhe passado o número.
Tom: O que disse?
_ Nada não, esquece! O que você quer?
Tom: Preciso falar com você, podemos nos encontrar aqui no hotel?
_ Hãm? Você está de brincadeira comigo né? - Perguntei com deboche.
Tom: Estou falando sério! Venha até o hotel onde estamos hospedados.
_ Não mesmo. - Desliguei o celular.
Eu hein, o Jost que se prepare quando nos encontrarmos eu vou xingar tanto ele, como ele pode passar o meu número para o Tom? Mas deixe estar. Desliguei a TV e liguei o som, coloquei para tocar um dos meus CD's favoritos do Guns N' Roses e fui para a cozinha, revirei a geladeira e encontrei presunto, queijo mussarela e molho de tomate, abri o armário e achei massa para lasanha, lavei as mãos e preparei tudo, alguns minutos depois coloquei a forma no forno.
Fui para a lavanderia colocar algumas roupas para lavar quando a campainha começa a tocar, achei estranho por que desde quando eu cheguei aqui, não recebemos visitas, sai correndo para atender a porta, passei pela cozinha, e chegando na sala abaixei o som e fui abrir a porta. Por que eu fui fazer isso? Ao abri dei de cara com o Tom, ele empurrou a porta com força entrando na sala.
Tom: Preciso falar com você, e não aceito NÃO como resposta. - Caminhou até o sofá e lá se sentou.
_ Como chegou até aqui? - Fechei a porta.
Tom: Com o carro ué - Disse ligando a minha TV.
_ Digo, como soube que eu morava aqui? - Desliguei a TV.
Tom: Hey! Eu estava assistindo. - Cruzou os braços - Eu tenho os meus contatos.
_ Malditos contatos - Disse em português - O que você quer comigo?
Tom: Quero conversar com você, pedir desculpas pelo que aconteceu na festa. - Pegou uma calcinha que estava no sofá - Vejo que a noite foi boa. - Sorriu.
_ Devolve a minha calcinha! - Gritei pegando-a de sua mão - Pedir desculpas? - Serrei os olhos - É só isso mesmo? - Perguntei desconfiada.
Tom: É, me desculpa por ter feito vocês brigarem. - Se levantou e foi para a cozinha. - Hum, que cheiro bom! O que está preparando?
_ É lasanha, mas está no forno ainda. - O segui - Não precisa se desculpar, o que aconteceu com vocês foi a um bom tempo. - Me sentei no balcão - Sou, eu que me estresso as vezes. É que eu fiquei chocada com a notícia, Bárbara jurou que não tinha acontecido nada entre vocês, quando se conheceram.
Tom: De início, não mesmo. - Se sentou no balcão de frente para mim. - Aconteceu depois de uma festa em que nos encontramos novamente, bebemos mais do que deveríamos assim a levei para o meu apartamento e transei com ela.
_ Eu odeio quando ela bebe. - Bufei - Tom, acho melhor você ir embora, não quero que Bárbara te veja aqui.
Tom se levantou e foi até a geladeira e pegou uma lata de Coca-Cola. Muito folgado esse menino.
Tom: Não se preocupe, ela não vai voltar tão cedo. - Abriu a lata e bebeu um gole. - Acho que você não leu o bilhete.
_ Bilhete? - Perguntei confusa - Me deixe ver. - Peguei de sua mão.
"Bebê, fui visitar a minha mãe em New Jersey, ela está um pouco doente, talvez eu volte a noite, ou durma na casa dela. Não se preocupe comigo, logo estarei de volta, mas antes passarei na agência, se cuida e saiba que eu te amo muito." Beijos.
Bárbara.
_ Ok! Mas mesmo assim é melhor você ir embora, os meninos devem estar sentindo a sua falta. - Me levantei do balcão.
Tom: Esta com medo de mim? Eu não vou fazer nada com você, eu só quero ser seu amigo. - Se levantou e me avaliou de cima a baixo, parando por um instante nos meus seios. - Mas para que isso aconteça, é melhor você colocar uma roupa decente, por que o "Tomzão" aqui está se manifestando. - Sorriu.
_ Não digo medo, mas é estranho agente ficar conversando aqui na minha casa sozinhos - Sorri sem graça - Ah me desculpe, eu esqueci que estava quase sem roupa. - Fui até a escada e antes de subir - Fique a vontade, eu já volto.
Tom: Ok!
Subi as escadas e fui até o quarto e para prevenir tranquei a porta, vesti uma calçajeans escura e uma camiseta azul, peguei um chinelo destranquei a porta e sai do quarto. Desci as escadas e fui direto para a cozinha, desliguei o forno e tirei a lasanha, pondo-a em cima da pia, fui para a sala e Tom estava olhando algumas fotos minha e da Bárbara, de quando tínhamos ido a praia e ela feito o pedido de namoro, ele percebendo a minha presença se virou e perguntou:
Tom: A quanto tempo vocês namoram?
_ Não tem nem dois meses.
Tom: Como se conheceram?
_ A conheci no aeroporto lá no Brasil, conversamos durante a viajem e ela me deu um beijo quando teve uma turbulência. - Me sentei no sofá e ele fez o mesmo. - Ela me ofereceu a sua casa para morar, alguns dias depois saímos para jantar e tivemos nossa primeira relação. O pedido de namoro aconteceu em um sábado na praia.
Tom: Hum, então você é brasileira! - Fitou algo a sua frente - Sabia que vamos fazer shows pelo Brasil?
_ Ah sim, fiquei sabendo hoje enquanto assistia a MTV, vi uma entrevista que vocês fizeram. - Fitei a TV - Já estava na hora, as fãs estão morrendo de vontade de ver vocês.
Tom: A culpa é do Jost - Ele riu - Se dependesse de mim e do Bill, já teríamos ido a muito tempo lá.
_ Falando no Jost - O encarei - Conversei com ele na festa ontem, ele disse que ouviu uma conversa minha com uma amiga sobre o Bill e veio perguntar se eu queria conhecê-lo.
Tom: Jost me contou tudo, Bill está chateado com ele agora, sinceramente eu não entendo o meu irmão. - Fitou os próprios pés.
_ Eu não queria que isso acontecesse. - Fitei o teto - A quanto tempo Bill está sozinho?
Tom: A muitos anos, desde que ele terminou com a Ina, sua primeira namorada. - Suspirou - Ele nunca mais se apaixonou ou ficou com uma garota.
_ Fico triste por ele, Bill não merece ficar sofrendo com o passado, mas fazer o que se ele é um cabeça dura. - Sorri.
Tom: Bill não se dá a chance de conhecer novas pessoas, mas vamos mudar de assunto? - Pôs as mãos na barriga - Estou com fome, você não quis tomar café comigo lá no hotel, e ainda desligou o telefone na minha cara.
_ Me desculpe por isso, mas não é todo dia que se recebe uma ligação de Tom Kaulitz, eu fiquei apavorada - Eu ri - Vamos para a cozinha que eu te sirvo um pedaço de lasanha.
O levei até a cozinha e lhe servi um pedaço da lasanha, enquanto almoçava-mos ficamos conversando sobre vários assuntos, desde tipo de músicas que ouvia-mos, roupas, tipo de mulheres, animais e carros. Uma coisa que contei a ele foi sobre o meu gato que tinha um irmão gêmeo e que eles praticavam incesto durante a madrugada, eu sempre acordava com os gritos deles vindo da cozinha, o Tom rachava de tanto rir. Depois do almoço, eu o levei para o quarto de hóspedes para lhe mostrar a minha guitarra e minha coleção de CDs e DVDs do Tokio Hotel, ele fez questão de autografar um poster que eu tenho dele e a minha Gibson, ele até tocou um pouquinho ela. Conversa vai, conversa vem e foi entardecendo, descemos as escadas e ficamos parados na sala em silêncio, até ele se pronunciar.
Tom: Desde quando tem esse piercing no lábio? - Se aproximou e olhou a minha boca.
_ Faz 2 anos que tenho ele, e a culpa é sua por eu ter colocado. - Me afastei.
Tom: Minha? Por que? - Perguntou assustado.
_ Pelo simples fato de eu ter a curiosidade de saber, como era ficar passando a língua no piercing, do mesmo jeito que você faz. - Disse sem graça.
Tom: Assim? - Passou a língua no piercing, e eu fiquei babando.
_ É assim mesmo. - Sai do transe - E é melhor você parar com isso agora.
Tom: Por que?
_ Por que a tentação é grande. - Me dirigi até a porta e abri - É melhor você ir agora, por favor.
Tom: Ta certo, eu vou mas antes preciso lhe agradecer pelo almoço. - Se aproximou de mim, me roubou um selinho e saiu correndo até o carro.
_ Eu vou te matar TOM KAULITZ! - Sai correndo atrás dele e bati no vidro do carro. - Não apareça mais aqui, está ouvindo? - Tom abaixou o vidro do carro, e pude ouvir a sua risada.
Tom: Calma, foi só um selinho. - Ele riu.- Te vejo outro dia. Boa noite! - Deu partida no carro.
Fiquei parada em frente a casa olhando o carro se distanciar, filho de uma mãe por que ele tinha que fazer aquilo? Entrei na casa e fui recolhendo as roupas do chão, lavei a louça e subi para tomar um banho, meia hora depois, ouço o carro da Bárbara sendo estacionado, desci as escadas correndo e encontrei Bárbara parada na sala fitando o nada e mexendo o nariz, corri até ela e lhe dei um beijo demonstrando saudade, ela correspondeu mas logo perguntou:
Bárbara: Entrou algum homem aqui dentro?
Ai senhor, que olfato é esse? E agora o que eu falo? Minto ou digo a verdade? Ela vai me matar, mas vamos lá.
_ Promete que não vai brigar comigo?
Bárbara: Prometo! - Beijou os dedos em forma de X
_ O Tom esteve aqui e passamos a tarde inteira conversando. - Disse na maior tranquilidade.
Bárbara: O QUE? - Gritou - Não acredito que você deixou ele entrar aqui em casa.
_ Bárbara, você prometeu que não ia ficar brava. - Serrei os olhos - Além do mais, o Tom não fez nada do que você está pensando.
Bárbara: Não estou brava. - Fez carinha de choro - Você pode me contar o que aconteceu aqui?
_ Se você não estiver cansada eu conto. - Fui até a cozinha e gritei - NÃO QUER UM PEDAÇO DE LASANHA?
Bárbara: Quero, esquenta para mim? - Foi até a cozinha - Vai me conta tudo.
Enquanto Bárbara se deliciava com a lasanha, contei tudo, mas tudo mesmo para ela, até o selinho que o Tom me roubou, ela como sempre teve um ataque, e ameaçou o Tom de morte, mas logo se acalmou, depois assistimos um bom filme de terror, tomamos um banho e fomos dormir.
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