Visitantes

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Fanfic - Amor, Sexo e Fotografia - Capítulo 66 - Rest Of Our Lives - Final



Depois que Bill foi embora, fiquei pensando no que disse. Por mais difícil que tenha sido todo esse tempo que ficamos separados, apesar de todo o sofrimento, ele tinha razão, eu ainda o amava. Mas ao mesmo tempo que queria estar perto dele, tinha medo de algo acontecer e por fim a nossa história definitivamente.Se ele está disposto a me esperar, vou pensar muito bem antes de tomar qualquer atitude. Mas antes de qualquer coisa, precisava tomar um banho e descansar um pouco.Acordei em um susto por ter ouvido uma buzina do lado de fora. Mas era nada menos do que o vizinho. Olhei o relógio, que marcava oito da manhã e fui até o banheiro fazer minha higiene matinal.

Ouvi a porta do quarto sendo aberta e vi Sam com seus olhos amendoados, que procuravam por mim. Ela me viu no banheiro e veio correndo, agarrando minha perna. Ela já falava algumas palavras e estava aprendendo a formar frases. Peguei-a no colo e sai do quarto, tomando cuidado para não fazer nenhum barulho, não sabia se já tinha alguém acordado. Desci para a cozinha e, para a minha surpresa, encontrei Simone que estava tomando uma xícara de café, enquanto assistia alguma reportagem.

_ Bom dia. – Disse e ela olhou pra mim. – Diz "bom dia" pra vovó. – Disse num sussurro ao ouvido da pequena.

Sam: Dia. – Ela enterrou a cabeça entre meu pescoço e meu ombro, envergonhada.

Simone: Bom dia, linda da minha vida. – Ela fez cócegas e Sam soltou uma gargalhada gostosa. – Vou ter que sair daqui a pouco, estava até com medo de não dar tempo de vê-la ainda pela manhã. – Me olhou e eu ajeitei Sam em meu colo. - Entrei no seu quarto ontem a noite e como estava dormindo, Sam dormiu comigo. Como foi a conversa com o Bill?

_ Estranha! - Coloquei Sam na cadeirinha e coloquei um pouco de leite quente na suacaneca de aprendizado. - Por mim já estaria tudo acabado, sem-volta. Mas eu preciso pensar mais um pouco, e quando estiver decidida, o procuro. - peguei uma xícara de café.

Simone: Não gosto de vê-los assim, é de cortar o coração. - Ela termina o seu café e se levanta da mesa. - Pense muito bem no que vai fazer. Bill te ama muito e tenho medo de que aconteça alguma coisa, caso vocês não se acertem. - Me da um beijo na testa e outro na Sam. - Agora vou resolver algumas coisa, até mais tarde.

_ Até.

Terminei de tomar o meu café, e enquanto Sam terminava de tomar o seu leite e comer pedacinhos de pão, lavei e guardei a louça que foi usada. Durante a manhã, brinquei com meus filhos, os levei pra passear em um parque. Quando voltamos já estava quase na hora do almoço, Gordon não estava em casa, então eu mesma decidi fazer o almoço. Drey ficou de olho na irmã para ver se ela não aprontava alguma coisa. Estava feliz de ter voltado, revido o pessoal, ter meu filhos junto a mim. Mas não da para ficar por muito tempo aqui, ainda mais tendo a chance de ficar se cruzando o Bill por ai, assim não consigo pensar direito.

Mais tarde, Simone chegou acompanhada do marido e foram logo mimar a neta. Fui até o jardim dos fundos e me sentei em uma banco que havia ali. Logo Drey se sentou ao me lado e me abraçou apoiando sua cabeça no meu peito.

_ Senti tanto a sua falta, meu filho. - Afaguei seus cabelos, no qual exalava um cheiro maravilhoso.

Drey: Eu também, mamãe. - Ele me olha - Papai também sente sua falta. - Da uma pequena pausa. - Quando fomos morar em outra cidade, ele estava com muita raiva, se trancava no quarto e chorava. Mas em nenhum momento ele deixou de dizer o quanto ele te amava e a queria por perto.

_ Eu também amo o seu pai, mas ele me magoou demais. Eu estava grávida e mesmo assim ele me obrigou a ir embora. O Perdoei, mas são sei se consigo voltar com ele.

Drey: Eu também fiquei com raiva do papai, por não me deixar morar com a senhora, por tê-la abandonada. Mas eu vi que ele também sofria, ele perguntava se a senhora e a Sam estavam bem. Ele se preocupava, só não conseguia procurar pela senhora.

Guardei o que Drey me disse, era egoísmo da minha parte achar que fui a única a sofrer nessa história toda. Por mais que não parecesse, todos sofriam, a família, os amigos, nós dois. Eu queria ter forças para olhar no olhos do Bill e dizer que nunca mais queria vê-lo, que nossa história de amor havia sido destruída. Mas na realidade, o que eu mais queria nesse momento era poder estar ao lado dele, o beijando, sentindo o seu cheiro e dizendo que o amo mais que minha própria vida. Mas me falta a coragem, meus pés não me deixam sair do lugar e correr para o seus braços.Continuei conversando mais um tempo com meu filho e depois entramos em casa.

X.X

Alguns dias se passaram, decidi voltar para a minha casa, mas dessa vez Drey iria comigo. Arrumei minhas malas e nos despedimos do pessoal. Estar em casa seria melhor para pensar no que irei fazer da minha vida. Quando o avião pousou em São Paulo fiquei mais aliviada, aquele medo de voar ainda me perseguia. Com a Sam em meu colo e segurando a mão do Drey, saímos a procura das nossas malas, assim que as pegamos, fomos para o ponto de táxi e ele nos levou para casa.

Após ter ficado bocejando a manhã inteira do dia seguinte, resolvi deitar um pouco depois do almoço. Foi quando fechei os olhos e ouvi o meu celular tocando. A contra gosto, me levantei e caminhei até a estante onde o aparelho se encontrava. Olhei no visor, mas não reconheci o número, mesmo assim atendi.

_ Alô?

– Ana? Aqui é o Marcelo, o detetive.

_ Olá Marcelo, como vai? Tem alguma notícia para me dar?

Marcelo: Tudo bem. Liguei para avisar que achamos o corpo de uma moça parecida com a Bárbara.

_ Como assim um corpo? - Perguntei já exaltada.

Marcelo: Lembra daquela foto que mostrou? As caracteristicas físicas do corpo que encontramos se encaixam com o da Bárbara.

_ Você tem certeza do que está falando? O que a aconteceu com esse corpo?

Marcelo: Pelo que os policiais me informaram, foi estupro seguido de morte. Se você puder vir e reconhecer o corpo seria melhor para a nossa investigação.

_ Não sei se consigo fazer isso. - Dei uma pausa. - Mesmo tendo feito o que ela fez, não merecia uma morte assim. Faz o seguinte: Continue com a investigação e se confirmar que é a Bárbara, me ligue avisando.

Marcelo: Tudo bem.

Desliguei o celular e voltei a me deitar no sofá, estava me sentindo mal, com um aperto no peito. Bárbara podia ter seu lado mal, mas o tempo que vivi ao seu lado, ela se mostrou muito carinhosa, eu gostava dela, ela me fez feliz por algum tempo. Não demorou muito tempo para Marcelo me ligar e confirmar que o tal corpo pertencia realmente a Bárbara, naquele dia eu chorei por muito tempo, apesar de ela ter arruinado a minha vida, não merecia morrer dessa forma.


O tempo foi passando, fui me esquecendo de algumas coisas, me lembrando de outras. Aproveitei a minha vida ao lado dos meus filhos, pensei no que fazer daqui em diante em relação ao meu casamento com o Bill e cheguei a uma conclusão, vou procurá-lo e deixar o meu coração falar mais alto. Sam está crescendo e sempre me pergunta pelo pai, as suas perguntas me ajudaram a resolver o meu dilema, meus filhos precisam do pai e eu preciso do amor da minha vida.


Só Deus sabia o quanto eu me culpava e me castigava todos os dias por ter magoado a melhor pessoa que eu poderia ter encontrado pra mim. Mas foi necessário, eu sabia. Isso era o que me confortava um pouco, e às vezes. Saber que, por mais que tudo tenha acontecido, foi necessário. Foi para o próprio bem dele.


E como eu queria tocar naquele rosto outra vez, sentir a textura de sua pele, ver seus olhos intensamente castanhos fixando-se em meus olhos, sentir sua respiração contra a minha. Ver o sorriso que me dava forças para levantar todos os dias. Porém eu não tinha mais isso. Mas, eu ainda poderia ter. Queria uma chance, uma única que fosse, de vê-lo outra vez perto de mim. Eu precisava disso para seguir; Não feliz, mas em paz. Eu sabia que tinha lhe tirado tudo o que mais o agradava, e precisava trazer isso de volta. E se ele estivesse feliz, eu estaria também. Dois anos mudam muita coisa. E me possibilitariam de realizar meu maior sonho, outra vez. Sem-mais tempo a perder, liguei para o aeroporto. Era hora de consertar as coisas.

Arrumei as minhas malas e a Drey e seguimos para o aeroporto, estava ansiosa para que o avião decolasse logo. Enquanto esperávamos na sala de espera, minhas pernas estavam impacientes, as mãos suavam e o coração batia forte. Precisava me encontrar com Bill o mais rápido possível, eu nem sabia onde ele poderia estar, mesmo assim iria perguntar a quem quer que fosse sobre o seu paradeiro.

Entramos no avião e mesmo me acomodando na poltrona, não conseguir relaxar e nem dormir toda a viagem. Só pensava qual seria a nossa reação quando estivesse-mos frente a frente. Após horas de voo, finalmente pousamos.Corri a procura de um táxi e lhe informei o endereço da casa onde morava e seguimos para lá. Quando o carro parou em frente ao portão, abri a porta e corri falar com os seguranças para me deixarem entrar. Drey vinha atrás de mim segurando a mãozinha da irmã.

Parei em frente a porta da casa do Tom e bati várias vezes. Meu coração acelerou e eu abaixei a cabeça. A porta se abriu. Nenhum som foi emitido por parte de quem abriu a porta. Respirei fundo outra vez e olhei para cima.

– Ana Lúcia? - Tom abriu a porta; Fiquei sem reação.

_ Tom!. - Eu sorri fraco. Ele balançou a cabeça, incrédulo. Vi seus olhos começarem a brilhar. Num impulso me joguei sobre ele e o apertei muito. Quanta falta eu senti de um abraço.

Tom: Eu não acredito. - Ele soltou, e eu sorri pesarosa. - Bom... - Se eu conhecia bem Tom, ele se faria de durão, apesar de tudo. - Bill não está aqui. - Aquele nome dito em voz alta me acertou como uma faca. Senti a dor imensa.

_ Como ele está? - Eu perguntei, ansiosa. Tom apenas suspirou e olhou para baixo. Não suportei. - Eu preciso vê-lo.

Tom: Nós não sabemos onde ele está. Desde a ultima vez que você esteve aqui, ele sumiu.

_ Eu vou procurá-lo. Cuide das crianças, por favor.

Deixei meus filhos com Tom e sai correndo a procura de um outro táxi. Peguei novamente o táxi e segui para o primeiro lugar que me veio a cabeça: casa do Andreas. Mas infelizmente Bill não estava lá. Mas Andy me deu o endereço do apartamento onde Bill estava morando. Fui até lá, perguntei na portaria se Bill morava lá, tive uma resposta positiva, mas Bill havia saído há algumas horas. Respirei fundo, derrotada, outra vez e continuei caminhando até a recepção e me sentar em um sofá de quatro lugares e ficar esperando pelo Bill.

Mais algumas horas se passaram, estava quase desistindo e indo embora, quando ouvi alguém se aproximando da recepção. Levantei a cabeça devagar e me deparei com uma figura diferente - fora das expectativas.Bill falava com a recepcionista, que lhe sorria abobada. Usava uma calça jeans cinza, o All Star surrado e a blusa de moletom verde não me deixavam enganar. O mesmo cabelo desarrumado e arrumado ao mesmo tempo, as mesmas mãos branquinhas e macias. Senti um tremor percorrer meu corpo e fiquei sem reação. Não sabia se me aproximava, se ficava onde estava ou se fugia. Mas minha bolsa caiu da minha mão, fazendo um barulho alto, o que não me possibilitou pensar - ele me olhou. Parecia sem reação também.

Agora Bill vinha na minha direção, olhava meio cabisbaixo, mas ainda sorria e estava mais lindo que nunca, naquele momento me esqueci de tudo que passamos era como se fosse a primeira vez que estivéssemos nos vendo e me apaixonei de novo.Seus braços fortes e frios me envolveram, pedindo por uma resposta de minha parte. Me ajeitei melhor e retribuí o abraço com toda a força que ainda me restava.

_ Eu senti tanto sua falta, tanto, tanto, tanto. - Murmurei e o senti me apertar mais.

Bill: Por favor, não vá embora.

Sussurrou em meu ouvido e senti minha mágoa voltar, três vezes pior. Me afastei um pouco para poder contemplar seu rosto. O cabelo loiro jogado de todos os lados, combinando perfeitamente com o formato de seu rosto. A pele macia e os lábios suaves. O nariz perfeitamente desenhado e as bochechas levemente coradas. Os olhos Castanhos que tantas mensagens me passavam; Mensagens de amor, saudade, felicidade, mágoa, súplica. A intensidade não me permitia desviar os meus próprios olhos dos seus tão profundos. Suspirei, derrotada e enterrei meu rosto na curva de seu pescoço.

Levantei meu rosto novamente, encarei o seu por alguns segundos e grudei meus lábios aos seus, secos e gelados. Um arrepio percorreu minhas costas e eu fechei os olhos, assim como ele. Tentava guardar cada pedacinho daquela sensação comigo, determinada a nunca mais me esquecer da melhor pessoa que já tinha conhecido.

Bill: Dois anos, Any, dois anos sem sentir isso. - Disse afastando-se e grudando seus lábios nos meus outra vez, dessa vez aprofundando o beijo. Senti seus lábios esquentarem, assim como os meus, e meu corpo todo subitamente se aqueceu também. Passei minhas mãos por seu pescoço, acariciando seu cabelo e puxando-o de leve, já que estava bem mais curto do que me lembrava e o senti me puxando para mais perto. Suas mãos percorriam minhas costas calmamente. Mordi seu lábio inferior de leve e me separei dele, encostando nossas testas e esperando seus olhos se abrirem também.


_ Cada dia que passei longe foi uma mágoa sem fim. Dois anos, como você mesmo disse, sem sentir isso - Levantei minha mão esquerda, sem ainda soltar a direita de sua mão livre, e acariciei seu rosto de leve. - E eu, infelizmente, não posso fazer as coisas voltarem a ser como eram. Eu consegui me livrar de todo o mal que estava nos fazendo, mas acho que acabei criando um pior. Eu te magoei. Isso me magoa profundamente, dez vezes mais do que a você. Me sinto a pior pessoa do mundo por ter te feito sofrer. Eu só queria que você soubesse que em segundo algum eu me esqueci de você, e tenha certeza de que isso nunca acontecerá. Você é minha vida, Bill, e é em você que eu tenho pensado por dois anos, vinte e quatro horas por dia. Eu não tenho como me desculpar, no meu caso palavras não são suficientes, mas espero que essa minha atitude de ter vindo até aqui sirva para alguma coisa.Eu preciso voltar para casa e ajeitar as coisas por lá, mas o tempo que ficarei aqui, eu gostaria de usá-lo da melhor maneira possível, gastá-lo inteiramente com você, e te fazendo perceber que você é a coisa que mais importa na minha vida. Também quero te prometer que, assim que possível, eu estarei aqui com você.

Afirmei, prometendo a Bill e a mim mesma que não o deixaria mais escapar de mim. Eu não sabia como, mas daria um jeito de voltar e vê-lo novamente, pois mal nenhum era pior do que a distância entre nós. Até porque, depois de vê-lo, tive a certeza de que não conseguiria me manter longe outra vez. Tive uma chance e não teria outra, mais por vontade própria do que por oportunidade. Bill Kaulitz ainda era o ar que eu respirava.

Ficamos nos beijando por um tempo, eu passava minhas mãos por entre seus cabelos e ele arranhava minhas costas sob a minha camisa. Paramos de nos beijar e ficamos nos encarando com o olhar.

Bill: E o que a gente faz agora?

_ Não fazemos nada. Só nos entregaremos um ao outro. O resto vira com o tempo. Ich Liebe Dich.

BillIch Liebe Dich Auch. – E beijei seus lábios mais uma vez naquele dia.

Um comentário:

  1. OI ANY, AQUI É UMA ALIEN, FANATICA POR TOKIO HOTEL! QUERIA TE PARABENIZAR PELAS TUAS FANFICS! EU LÍ A "LEB DIE SEKUNDE" E TAMBÉM A "THE BABYSITTER", TOU TERMINANDO DE LER A "AMOR, SEXO E FOTOGRAFIA!", E ESTOU FACINADA PELAS TUAS HISTÓRIA! SINCERAMENTE O DESTINO QUIS QUE EU TIVESSE LIDO TUAS FANFICS! PARABÉNS POR SEU INCRÍVEL TALENTO! SÃO OBRAS PRIMAS! BEIJO! E CONTINUE ESCREVENDO!

    ResponderExcluir