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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Fanfic - Amor, Sexo e Fotografia - Capítulo 65 - It's Not Over



POV Ana


10:00 marcavam no despertador ao lado da minha cabeceira, estava na hora de levantar e ir para o aeroporto. A semana passou bem rápido, confesso que estava um pouco nervosa de voltar para o Brasil, mas também ansiosa para matar a saudade da minha família e tentar resolver esse grande problema que fui arranjar.

_ Pegamos tudo? – Perguntei fechando o porta-malas do táxi. 


Fabi: Sim! Agora podemos ir! – Ela se sentou no banco de carona e eu atrás, com a Sam no colo.

Chegamos ao aeroporto minutos depois e estávamos adiantadas. Nosso voo sairia daqui uma hora. Fomos até a praça de alimentação e fizemos hora por lá até nosso embarque ser anunciado. Entramos pelo portão 4B e aguardamos até entrar no avião. Sam estava agitada e eu estava com medo de ela ficar impaciente.

Fabi: Ela vai gastar toda a energia agora e no avião vai capotar. – Ela riu ao olhar a pequena brincar com a boneca pra cima e pra baixo.


_ Eu espero, porque ela quando fica agitada, ninguém segura. – Ri, olhando-a também.


Pudemos finalmente entrar no avião e nos acomodamos nas poltronas. Sam ainda brincava com a boneca, mas sentada e quietinha. O avião decolou e o almoço foi servido. Logo depois, um desenho começou a passar na pequena tela a nossa frente. Fabi já havia dormido com o fone no ouvido. Sam estava entretida no desenho que passava, ela parecia o Bill quando assistia Bob Esponja, ficava boba observando-o gargalhar junto com o calça quadrada. Mas logo ela deitou em meu colo e adormeceu. Consegui dormir apenas por umas horas, queria ficar de olho nela. Senti aquelas borboletas em meu estômago – coisa eu não sentia a um bom tempo – olhei pela janela e vi a cidade que me abriu as portas para o mundo. Desembarcamos na manhã do dia seguinte e depois de pegar nossas malas, entramos em um táxi e seguimos para a casa da minha mãe.


Entramos na casa e estava exatamente como eu havia visto pela última vez. Minha mãe foi quem nos recebeu, seus olhos marejados me deixaram com um nó na garganta. Abracei-a forte e deixei as lágrimas caírem. Minha mãe já conhecia a Fabi na época do casamento, então poupei apresentações. Sam mesmo nunca tendo visto a avó simpatizou-se rápido com ela, (tanto que passou boa parte do dia nos braços da avó) coloquei minha mala no quarto onde Sam e eu ficaríamos. Ela bocejava e coçava os olhos, fazendo sinal para eu a pegar no colo. Ela encostou a cabeça em meu ombro e em minutos adormeceu ali. A coloquei na cama e comecei a desfazer as malas.


Na semana seguinte fui para São Paulo conversar sobre a proposta que recebi. Quando cheguei ao prédio, ele era todo decorado como se fosse uma cerimonia tradicional de casamento, elegante e sofisticado. Fotografar casamentos não é muito a minha praia, ainda mais o que o meu provavelmente já foi para o espaço, mas como tenho minhas necessidades e não é todo dia que aparece uma oportunidade de emprego, para uma fotógrafa quase fracassada. Assinei o contrato com a empresa por um período de um ano, e já na mesma semana tive meu primeiro casamento a ser trabalhado.


Um casal canadense que moram cerca de cinco anos em São Paulo, muito simpáticos e apaixonados. Fotografar este casamento foi uma tarefa muito prazerosa. Tivemos a oportunidade de nos encontrarmos poucos dias antes e juntos preparamos uma e-session cercada de muita alegria e energia boa!!Mas a emoção que envolve o grande dia realmente é incomparável e é o momento em que “cai a ficha”, bate aquele friozinho bom na barriga e a emoção aflora.Um casamento cercado de muita descontração e romantismo tudo que envolve o sonho de um casal apaixonado. Confesso que estava muito insegura, mas participar de um momento tão feliz do casal, de certa forma me deu forças para seguir a minha vida e a trabalhar a cada casamento com uma emoção diferente.


Meses depois tive alguns dias de folga, e decidi ir para o Rio de Janeiro sozinha, deixei Sam na casa dos meus pais, já que Fabi havia voltado para L.A devido ao seu trabalho. Sam estava começando a aprender a falar e era bem inteligente, cada dia mais parecida com o Bill, o sorriso e a forma como coça o nariz. Assim que desembarquei, peguei um táxi e rumei para o Copacabana Palace, enquanto não conseguisse aquela gravação, não iria sossegar. Conversei com a recepção do Hotel, contei toda a minha história, e tudo o que ouvi da funcionária medíocre foi um "sinto muito". Pedi para conversar com o gerente, ele me atendeu depois de algumas horas de espera, contei novamente o que aconteceu, dei meus dados para confirmar que me hospedei lá junto com a banda a alguns anos atrás, conversamos durante um bom tempo, mas ele só poderia liberar as gravações com um mandado judicial.

Ao chegar na delegacia, contei o que havia acontecido a um senhor e ele me mandou para uma sala de espera, pois o homem que cuida desses casos não havia chegado ainda, um espécie de detetive. Mais um chá de cadeira, estava quase anoitecendo, carregando uma mala média e sem comer praticamente nada, o que me serviram foi apenas um copo de café com leite e um Donuts, quando finalmente um rapaz aparentemente jovem, muito simpático e bonito por sinal, veio me atender e eu contei novamente o fato. Ele me ouvia atentamente, era o único até agora que parecia interessado no que eu tinha a dizer. Após mais uma hora mais ou menos de conversa, o detetive Marcelo aceitou me ajudar nesse caso, mas ele tinha um preço e não era um dos mais baratos. Combinamos que eu pagaria metade agora e o restante depois que ele resolvesse o caso. Para conseguir provar a minha inocência e demonstrar que fui alvo de uma trama urdida com certa competência, haverá necessidade uma ação reparatória por danos materiais e morais.


Passei meu número de celular a ele e fui procurar um lugar para passar alguns dias no Rio. Pela manhã, recebi um telefona do Marcelo, marcamos de nos encontrar em um restaurante discreto, Marcelo chegou no horário marcado, usava uma calça jeans escura, camiseta branca, tênis e óculos escuros, muito diferente do social que usava ontem a noite, talvez seja pelo calor que fazia naquela manhã. Ele não tirou os óculos escuros durante toda a conversa. Eu o cumprimentei da forma mais simpática que pude, ele me sorriu também, um sorriso lindo com dentes brancos e alinhados. Ao chegar, colocou seu gravador na mesa e perguntou se haveria problemas em registrar o que falávamos. Balancei a cabeça negativamente. Pedi um suco de laranja, ele fez o mesmo e contei novamente a história, só que com mais detalhes, o que foi pedido por ele.


Marcelo: Você tem inimigos? - Me perguntou de repente.


_ Hum...acredito que não. Mas, como meu marido tem uma legião de fãs, provavelmente seja uma delas, ou talvez Stalker, ouve uma época em que meu marido e o irmão dele foram perseguidos por garotas obcecadas.


Marcelo: Já foi agredida por alguma fã, ou já te ameaçaram?


_ Que eu me lembre não. Obviamente que existem aquelas fãs que não aceitam até hoje o meu casamento com ele, mas nunca ouve uma ameaça diretamente.


Marcelo: Você me disse que morou durante um tempo com uma namorada em Los Angeles, a mesma teve um relacionamento com o irmão do seu marido, certo? - Concordei com a cabeça. - Se pela história que você me contou envolvendo essa garota, o irmão do seu marido, e você, os dois foram enganados por ela, de alguma forma ela planejava fazer alguma coisa em relação a vocês, já que antes de ela ir embora com outro homem, ela deixou bem claro que sentia raiva de vocês, pela brigas que tiveram.


_ Acha mesmo que a Bárbara pode estar envolvida nisso?


Marcelo: Pelo o que você me contou, sim. Talvez ela tenha se dado mal com a escolha que ela fez, se arrependeu e quer destruir a sua felicidade e a do seu cunhado. Já que vocês são muito amigos, nada melhor que usar os dois para destruir o casamento um do outro.


_ Mas do que adiantou? O Tom ainda está casado e muito feliz, quem se deu mal fui eu, perdi meu marido, meu filho, fiquei sem trabalho, só consegui ter a minha filha por que uma outra amiga me ajudou, do contrário estaria perdida no mundo.


Marcelo: Bom... - Desligou o gravador e juntou alguns papeis. - Vamos encerrar nossa conversa por hoje, vou estudar seu caso durante a tarde e quando sair o mandado entro em contato com a senhora.


_ Tudo bem, obrigada mais uma vez. - Apertei sua mão, mas ele não a soltou.


Marcelo: Quanto tempo ficará na cidade?


_ O tempo que for necessário para resolver o caso. - Continuou segurando a minha mão e com a outra retirou os óculos. Seus olhos negros tinha um poder hipnotizante, contrastava com seu nariz fino e a boca carnuda. Ele era realmente muito bonito.


Marcelo: Sem querer ser indiscreto, sua história mexeu comigo e quero realmente te ajudar. Mas se o seu marido não te aceitar de volta, não acha que depois de tanto tempo, não acha melhor você ir por um outro caminho?


_ Meu caminho sempre estará ligado ao Bill, eu tenho uma filha com ele, mesmo ele não me aceitando de volta, nossos caminhos vão se cruzar de um jeito ou de outro. Eu sei que ele ainda me ama, eu o amo mais que minha própria vida, se eu não puder ficar com ele, não quero ficar com mais ninguém.


Me soltei de sua mão e fui embora. Dois dias depois Marcelo me ligou novamente avisando que o mandado havia saído e queria me encontrar em frente ao Copacabana Palace. Me arrumei rapidamente, peguei um táxi e segui para o Hotel. Chegado lá, o comprimentei e fomos até a recepção, conversamos com o gerente e o mesmo nos deixou entrar na sala de segurança e procurar pelo vídeo correspondente ao dia que estivemos hospedados. Estava muito nervosa, as mãos tremia e o coração batia muito rápido, muitas horas depois, finalmente achamos o vídeo. Respirei fundo e pedi para que acelerassem o tempo do vídeo até achar o momento da minha conversa com o Tom.


Pedi para aumentarem o volume da TV para que pudesse ouvir atentamente nossa conversa. Era difícil ter que ver aquela cena novamente, era sofrido. Tentava observar todos os detalhes do vídeo, mas não achava nada que fosse suspeito, ou de mais alguém no mesmo lugar que Tom e eu perto da piscina. De repente ouve uma movimentação perto de alguns vasos de plantas, mas não conseguia identificar quem era.


_ Não dá para dar zoom? - Um dos segurança que manuseava o computador atendeu ao meu pedido, mas mesmo assim, não sabia quem era. - Não sei quem é, não parece a Bárbara, ela era ruiva, a não ser que tenha pintado o cabelo...


Marcelo: Ou usado peruca. - Me interrompeu - A imagem não está boa, mas da para ver que é essa pessoa que fez a gravação, não há mais ninguém no local.


_ Não me importo se vão descobrir quem é ou não. Só quero uma cópia desse vídeo para mandar para Alemanha e o Bill tire as conclusões que quiser.


Voltei para o hotel mais aliviada, já com o vídeo em mãos esperei o dia seguinte para voltar a São Paulo. Na casa da minha mãe, mandei um e-mail para a Quim avisando que tinha conseguido o vídeo e estaria mandando em breve para a casa dela e assim o fiz. Dias depois recebi sua ligação informando a chegada do pacote, agora eu só dependia dela para conseguir entregar esse vídeo ao Bill e que o mesmo tome alguma decisão.


Alguns meses se passaram, Sam já estava quase completando um ano e nada do Bill me dar um sinal de vida. O vídeo foi entregue ao Andreas, que descobriu onde Bill estava morando e o entregou, mas ele não podia falar absolutamente nada do que estava acontecendo com o amigo, se Bill tomasse uma decisão, ele me procuraria. Foram meses torturantes, eu já tinha perdido qualquer esperança de que ele batesse na minha porta e me implorasse perdão.


Tom me pediu para ir para Hamburgo, Simone queria ver a neta, depois de muito pensar, peguei um avião e fui. A cidade continuava a mesma, a sensação de voltar para aquele lugar que era estranha, memórias dos meus momentos com o Bill vinham a todo momento na minha cabeça e me deixava triste. Sam estava dormindo no meu colo, enquanto Tom dirigia o seu Audi, e comentava o quanto ficava preocupado com a Sophie indo para a escola. Chegamos a casa da Simone, tudo estava apagado e silencioso. Saímos do carro e entramos na casa mesmo estando tudo apagado. Tom acendeu a luz da sala e meu queixo caiu.


–SURPRESA! -Todos daquela sala gritaram. Ali estavam Simone e Gordon, Quim e Sophie, Georg e Lê, Gustav e Cam, as duas grávidas, o que foi uma surpresa, Andreas e Híllarie. Todos vieram me abraçar, fiquei muito feliz com a presença deles. Mas no cantinho da sala, pude reconhecer um garoto alto e forte com o formato do rosto parecido com o do Bill. Os mesmos olhos castanhos, a mesma cor de cabelo e com o mesmo sorriso lindo que havia me conquistado. Audrey veio correndo me abraçar, mesmo tendo crescido tanto, ainda conseguia carregá-lo no colo, choramos juntos, o enchi de beijos. Apresentei a ele sua irmãzinha que estava no colo do Tom, na mesma hora ele quis segurá-la e prometeu diante de todos que iria protegê-la. Diante dessa cena me dei conta que, se Drey estava ali, Bill também estaria, por mais que quisesse vê-lo alguma coisa dentro de mim me impedia de querer estar frente a frente com ele. Depois de tanto tempo longe, aprendemos a conviver com as dores e a solidão, e chega uma hora que é melhor não tentar consertar as coisas.


Olhei em volta e quando o vi encostado em uma parede olhando para os próprios pés, não era a mesma pessoa, eu jurava que não o veria com a cor natural dos cabelos, barba por fazer, mais piercing no rosto, estava irreconhecível, não era aquele Bill que esperava ver, parecia tão maduro. Quando levantou a cabeça e nossos olhares se encontraram, um nó se formou em minha garganta e lágrimas em meus olhos. Pude vê-lo andar com passos indecisos em minha direção e as memórias do passado invadiram minha mente como um filme. O que ele estava fazendo ali?


Bill: Any... -Respirei fundo e pude sentir o olhar de todos em cima de mim. - Quanto tempo, certo? - Eu não tinha voz. Eu mal conseguia me manter em pé. Notando isso, Tom se aproximou de mim e passou a mão por minha cintura para mostrar que eu não estava sozinha naquele momento. A sala caiu em um silêncio e todos prestavam atenção naquela cena. Era apenas um reencontro de duas pessoas que não se falavam e não se viam a muito tempo.


_ Bill. - Minha voz saiu seca e fria. Escutei um suspiro de longe. O único som que podíamos ouvir era da música baixa e a respiração tensa de todas aquelas pessoas. - O que você tá fazendo aqui? - Segurava as lágrimas em meus olhos para não demonstrar que eu me importava com sua presença.


Bill: Andreas me convenceu a vir. - Arqueei a sobrancelha ficando um pouco surpresa e tensa ao mesmo tempo - Eu pensei muito antes de vir aqui, mas eu precisava conversar com você e te ver. - Sua voz agora era um sussurro. Minhas pernas vacilaram e a mão forte de Tom segurou-me.


_ Me desculpe, mas hoje não é dia e nem situação pra eu falar com você. - Balancei minha cabeça em sinal de negação e murmurei para Tom. - Me leve para outro lugar.


Saímos abraçados da sala. Esta por sinal parecia diminuir a cada passo que eu dava. Tom me levou para o quarto de hospedes onde pude descansar um pouco, a presença de Bill tinha me afetado tanto, deitada na cama pensei, chorei e adormeci. Quando acordei vi minha mala perto da porta, escolhi algumas peças de roupas e fui tomar banho. Retornei ao quarto já vestida e fiquei olhando o jardim pela janela, Drey e Sophie brincavam com a Sam, era tão bonito vê-los juntos. De repente bateram na porta e pedi que entrasse, naquela hora pensei que Bill já haveria ido embora e fosse outra pessoa a entrar no quarto, mas me enganei, lá estava ele, os olhos tristes, a fisionomia cansada, sem-maquiagem, as unhas cortada e sem esmalte, realmente ele havia mudado, mas não acredito que ele tenha sofrido mais do que eu.


Bill: Ana, eu vim te pedir perdão. Você me perdoa?


_ Demorou não? Mas finalmente você veio me pedir desculpas.


Bill: Eu estava errado, Tom me contou tudo o que aconteceu, e com o vídeo eu percebi a burrada que fiz. Então, engoli meu orgulho e vim te pedir desculpas.


_ Está desculpado. - Falei seca, torcendo para que ele fosse embora o mais rápido daquele quarto. - Agora me de licença que eu ainda estou cansada da viagem. - Tentei abrir a porta, mas ele me impediu.


Bill: Ana, você sabe que não vim aqui só para pedir desculpas. - Segurou meus braços com a mesma delicadeza de antes e aproximou o seu rosto do meu, sentir aquele toque novamente, quase me fez ceder a sua tentativa de me beijar. - Durante todo esse tempo, eu só pensei em você. - Olhei dentro do seus olhos, mas não conseguia ver aquele mesmo sentimento de antes. - Por que você está me olhando desse jeito? Você não pensou em mim?


_ Pensei, muitas vezes. - Suspirei pesadamente. - Tive muita saudade.


Bill: Eu também tive muita saudade, Ana. - Ele tenta me beijar novamente, mas recuo - O que foi?


_ Você acabou com o nosso casamento, acabou com a minha vida depois daquela entrevista.


Bill: Ana, você sabe que sou muito desconfiado, sou cabeça dura mesmo. Receber aquelas fotos, a gravação, depois a confissão do Tom, me fez perder a cabeça, era informação ruim demais para mim. Eu não vi mais nada da minha frente, fiquei com ódio, não sabia o que pensar, ser traído com o meu irmão...


_ Eu não te trai com seu irmão. - Disse um pouco alterada.


Bill: Eu fiquei com raiva de você.


_ Eu nunca te dei motivos para você duvidar do meu amor, respeitei as suas vontades, mudei meu estilo de vida, até usei as roupas que você queria, nunca quis te contrariar. Você conhece a Bárbara, sabe tudo o que aconteceu com a gente, o envolvimento dela com o Tom, agora me aparece um vídeo completamente modificado, fotos que não comprovam nada, e você já acredita que eu tenha dormido com seu irmão e que a Samira é filha dele. Se você me amasse de verdade duvidaria de qualquer coisa que me acusasse.


Bill: Eu errei.


_ E você acha que basta dizer que errou, que basta me pedir desculpas, depois de ter me magoado tanto? 


Bill: Já reconheci que estava errado...


_ Você me abandonou quando eu mais precisava, minha vida se tornou um inferno depois que você me mandou embora, por muito pouco não perdi o bebê. Se não fosse pela Fabi, não sabia o que teria acontecido comigo e com a criança.


Bill: Eu sinto muito Ana.


_ Eu sinto muito? - Me sento na cama e coloco minhas mãos no rosto tentando me acalmar - Meu Deus, como vocês homens são egoístas, vocês são capazes de machucar uma mulher e simplesmente pedem desculpas. Você acha que só por que veio aqui, tudo vai voltar como era antes?


Bill: Eu quero que seja Ana, exatamente como era antes. Volte para nossa casa, nós somos uma família.


_ Para que, para depois de amanhã, alguém chegar com alguma história contra mim, você acreditar e se revoltar novamente? Estou refazendo a minha vida, está sendo difícil, pois depois do que você falou, não consigo sair na rua, sem alguém me xingar, querer me bater...


Bill: Você quer dizer que não me perdoa?


_ Te perdoo. Já te disse que perdoo. Mas eu não volto.


Bill: Mas o que adianta você me perdoar e não voltar comigo?


_ Você me decepcionou muito. 


Bill: Ana, eu te amo.


_ Não vou mentir para você, eu também te amo.


Bill: Então volta comigo.


_ Já me enganei antes, e não quero fazer isso de novo.


Bill: Você está falando da gante, Ana. Que agente foi um erro?


_ Não! Valeu cada segundo. Eu só queria que soubesse, que você foi a melhor coisa que me aconteceu nessa vida, mas acabou. Nada é para sempre.


Bill: Nem precisa ser o fim.


_ O que você quer dizer?


Bill: Não importa o que agente diz, mas sim, o que agente sente. E eu sei que ai no seu coração, você ainda me ama. Eu te amo e vou esperar você me aceitar de volta.

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