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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Fanfic - Amor, Sexo e Fotografia - Capítulo 54 - Need You Now!


Pov Ana.

Os dias foram se passando, alguns mais rápidos, outras mais lentos. Muitos deles me fizeram passar muito mal, pois a saudade doí, pensei que nunca sentiria isso. Já perdi o numero das noites que virei pensando no Bill. Das vezes em que nada chamava minha atenção, pois meu pensamento estava focalizado em uma única coisa, uma única pessoa. E todas essas noites e todos esses momentos em que nada mais tinha valor, a não ser os meus pensamentos, aqueles que me levavam pra junto dele.

Foram tantas as vezes que eu fechei os meus olhos e abri um sorriso porque eu sabia que eu iria encontra-lo ao meu lado, sabia que iria o abraçar e me sentir segura, porque nesses momentos nada me dava medo, nada podia acabar com o que eu estava sentindo. E quando eu abria os olhos e sentia a realidade tomando conta de mim, era a pior sensação do mundo, e ao mesmo tempo o meu corpo palpitava, meu coração acelerava e a emoção me dominava e transbordava nos meus olhos através das lágrimas, as mais sinceras que já derramei na vida.

E a minha única vontade era de vê-lo, nem que fosse de longe. As vezes eu procuro entender de onde vem tanto sentimento, como eu tenho tantas forças pra continuar aqui, por ele, mesmo depois de vários acontecimentos que causaram consequencias irreversíveis. E eu me vejo hoje aqui, parada no tempo, esperando o chegar. Sem garantia alguma de que ele realmente virá. Mais a certeza de que o meu sentimento é o mais verdadeiro possível, me faz acreditar que mesmo que demore, e mesmo que o tempo seja lento a respeito disso, ele virá, e todos esses momentos imaginados vão se tornar realidade, porque Bill não é só o meu sonho, não é só o meu amor, Bill é a minha verdade, a verdade dos meus sentimentos, a verdade que me faz levantar todos os dias e ter forças para superar toda essa saudade.

Mas apesar de estar sofrendo pela sua ausência, estou bem. Meu trabalho na editora está ficando um saco, devido a pressão dos jornalistas querendo algum furo de reportagem, como se eu fosse expor a vida pessoal do meninos, para a revista. Só por que convivo diariamente com eles, não quer dizer que tenho a obrigação de contar detalhes íntimos. Vá a merd@. Conversei com a Sabine um dias desses, e falei que se não parassem de me encher o saco por causa da banda, pediria demissão. Concordou meio a contra gosto e não tocou mais no assunto.

Faltam apenas dois meses para os meninos voltarem para a casa, tenho acompanhando a turnê pela Internet, os shows estão cada vez mais lotados, o novo CD está fazendo o maior sucesso e tirando o meu lado de fã, gostei muito do resultado, as músicas não são tão românticas e nem futuristas demais, como o Humanoid, está um Pop Rock contagiante.

A Quim está enorme, porém muito linda, no final de semana passado, o que era para ser um pequeno chá de babá, se transformou o clube da Luluzinha, além das meninas, vieram as irmãs e a mãe da Quim, fora a avó, tias, e primas dos Kaulitz, muita fofoca, risadas e é claro comida. Só sei que a casa virou uma bagunça e a Quim parecia uma palhaça de tão pintada que estava, por não acertar as pessoas que haviam lhe dado os presentes. Era cada roupinha linda e aquele monte de acessórios para o bebê, que me deixava boba e enciumada.

Faz quase uma semana que Bill não me liga, já estou ficando preocupada, será que se esqueceu que tem uma noiva em casa? Tentei ligar por várias vezes e só cai na caixa postal, ele que me aguarde quando conseguir falar com ele, vai ouvir umas boas.

Hoje é domingo, já almoçamos e não tenho nada de interessante para fazer, nesses meses sem o Bill já vi todas as pilhas de filmes românticos, de terror e comédia, já estava cansada de ficar com os olhos grudados na frente da TV. Quando Teddy passou por mim segurando um pequeno galho com os dentes, me lembrei que o levava para a fazenda vizinha e ficávamos correndo pelo pasto. Decidi pegar a coleira dele e da Sally, e saímos de casa, andamos pelas ruas de Hamburgo por alguns minutos até chegarmos a um pequeno parque, onde as pessoas brincam de frisbee com seus animais.

Estava sentada encostada em uma enorme árvore, e os meu bebês estavam deitados na grama tirando um cochilo, quando vejo uma professora passeando com algumas crianças em fila indiana de mãos dadas, uma menininha de cabelos castanhos e vestidinho rosa me chamou tanto a atenção, ela é tão linda. Fiquei pensando em como seria ter uma filha ou filho, tudo bem que sempre tive um certo medo de carregar uma criança, com medo de deixá-la cair ou machucá-la de outra forma, sempre fiquei muito nervosa quando me pediam para segurar uma.

Quando as crianças foram embora, percebi que haviam alguns paparazzi ali no parque, já estava na hora de ir embora mesmo e assim fiz. Assim que cheguei em casa, alimentei os cães e fui tomar um banho, depois de trocar de roupa, dei uma passada do quarto da Quim ver como ela estava, e vi que dormia um sono pesado. Deixei o seu quarto, indo até a cozinha e ajudando Simone com o jantar.

No dia seguinte, já estava na hora do almoço, terminei de revisar alguns arquivos antes de postarem no site, peguei minha bolsa, e sai do meu escritório. Enquanto esperava pelo elevador, Sabine parou ao meu lado avisando que iam almoçar em outro lugar e me convidou para ir com ela, aceitei e entramos no elevador. Já na recepção, esperamos pela Kate, assim que ela apareceu, entramos no carro da Sabine e seguimos para um novo restaurante que abriram na cidade. Lá chegado, tirei meus óculos de sol e escolhemos uma mesa, apesar de estar lotado, o mocinho da recepção não aguentou a tentação da Sabine e acabou nos cedendo uma mesa.

Fizemos nossos pedidos e conversamos durante um tempo até que os mesmos chegassem, almoçamos e se depender de mim venho aqui todos os dias. Quando Sabine foi ao banheiro, precisava fazer uma pergunta importante a Kate, eu tinha mais confiança nela do que na minha chefe, já que tem haver comigo e com o Bill, e caso ela ficasse sabendo, já colocaria no site que queremos ter um filho. Já a Kate só está na editora para pagar um tratamento para a mãe, pois não suporta o pessoal fofoqueiro de lá.

_ Kate, você conhece algum orfanato por aqui?

Kate: Não me lembro direito, mas acho que tem um do outro lado da cidade.

_ Poderia pesquisar para mim, mais tarde?

Kate: Claro! O que você está pensando em fazer?

_ Vou fazer uma visita. Sei que vou ficar com o coração na mão querendo adotar todas elas, mas preciso saber como funciona todo o processo de adoção.

Kate: Eu queria adotar uma também, mas com a minha mãe doente, está meio difícil.

_ Você topa ir comigo lá, no sábado?

Kate: Com certeza!

Paramos nossa conversa pois Sabine estava voltando. Depois que terminamos a sobremesa, pagamos a conta de voltamos para a editora. Passei o resto da tarde preparando algumas colunas e fazendo algumas fotos. Quando terminou o meu turno, conversei com Kate e ela me passou o endereço do orfanato. Assim que cheguei em casa, depois de tomar um banho e descansar um pouco deitada na cama. Finalmente recebi uma ligação do Bill, fiquei tão nervosa com ele, por não ter me ligado antes e atendido as minhas ligações, que estava tremendo de tanto chorar. Depois de me acalmar, o deixei falar, me explicou que o celular caiu na piscina, quando os meninos tiveram a infeliz ideia de jogá-lo na mesma com roupa e tudo.

Mas isso não justifica, pegasse o celular do Tom ou dos G's e me ligasse, por que existe e-mail? Mas apesar de estar furiosa deixei passar, disse que estava morrendo de saudades, e que em breve estaríamos juntos. Disse que esta cheio de presentes nas malas, e que comprou tudo pensando em mim. Ele falou tão carinhoso no telefone que até o perdoei, ficamos algumas horas conversando, e assim que desligou fui jantar.


A semana passou rápido e já era Sábado, combinei com a Kate que a pegaria na sua casa depois do almoço, ela já tinha ligado para o orfanato agendado nossa visita. Conversei com a Simone sobre a minha visita ao orfanato e ela me apoiou, disse que tudo que precisava fazer lá, e dar carinho as crianças que se aproximassem de nós. Depois de ter tomado um banho, colocado uma roupa mais despojada, que não me fizesse ser tão formal e aparentasse ser uma pessoa um pouco fria, almocei e segui com Tobi até a casa da Kate.

Assim que chegamos Kate já estava pronta, ela entrou no carro e alguns quilômetros depois chegamos ao orfanato, Tobi ficou no carro, e Kate e eu descemos e ficamos paradas em frente ao portão, o lugar era um casarão, as paredes rústicas, cinzas, aquele lugar parecia sombrio, me deu um arrepio na espinha, só de imaginar como era por dentro.

Depois de alguns minutos entramos e seguimos por um jardim até que bem preservado, apertei a campainha e uma senhora, baixinha e gordinha nos atendeu com um sorriso fofo, retribuímos o sorriso e ela perguntou:

– O que desejam?

_ Viemos fazer uma visita para as crianças.

– Fico feliz com isso, elas vão gostar da presença de vocês. Me acompanhe.

Abriu mais a porta para que pudéssemos passar, e andamos por um longo corredor, a decoração de dentro é muito mais bonita do que imaginava, as paredes são em um amarelo claro, algumas eram em tons do rosas, tinham alguns brinquedos espalhados pelo chão e era tudo muito bem iluminado. A senhora simpática nos levou até o outro jardim, onde muitas crianças corriam pelo gramado, haviam um grupinho de garotas muito fofinhas de vestido rodados, sentadas em uma mesinha brincando de bonecas. Os garotinhos jogando futebol, alguns maiores outros menores, sorrindo ou com o semblante triste.

Kate e eu, fomos ao encontro das crianças e elas nos observavam de longe, mas logo algumas começaram a se aproximar perguntando nossos nomes, se íamos adotá-las, e ver aquelas carinhas esperançosas me cortava o coração, sabia que ia ficar assim, por vontade de ficar com todas elas, mas tenho que segurar firme, chorar na frente delas, não vai ser muito bom. Kate foi arrastada por algumas meninas para brincarem de bonecas, logo depois outro grupinho me levou para brincar de pic esconde. Confesso que nunca tinha brincado tanto na minha vida, nem mesmo quando era criança, na escola.

Elas sorriam e me faziam sorrir, gargalhar na verdade, ela são tão fofas e amorosas. Enquanto estava sentada em um banquinho de cimento, duas moreninhas brincavam com o meu cabelo, fazendo chuquinhas e tranças. A Kate já estava rolando na grama, onde alguns garotinhos lhe faziam cócegas.

Enquanto a olhava chorar de tanto rir, uma criança me chamou muito a atenção, era um menino loiro, estava afastado de todos, encostado em uma árvore com um caderno nas mãos. Minha curiosidade era tanta de saber o que ele estava fazendo, que deixei as meninas brincando e fui ao encontro dele. Fui andando devagar para não assustá-lo, ele parecia tão concentrado no que estava fazendo, que não percebeu quando me sentei ao seu lado e olhei que em seu caderno, era de desenho e nele estava desenhado uma espécie de jardim, com alguns palitinhos com braços e cabeças, aquilo me parecia pessoas, nas verdade eram três palitinhos, dois grande e um pequeno no meio deles.

Assim que terminou de pintar o desenho, ele me olhou, e por um instante eu vi o Bill no rosto daquele menino, era tão parecido com o Bill quando ele era criança. Um sorriso se abriu, e era o mais sincero que havia visto até hoje, respirei fundo para não deixar as lágrimas caírem e lhe fiz uma pergunta:

_ Qual o seu nome?

– Audrey e o seu?

_ Me chamo Ana Lucia, mas pode me chamar de Ana. Quantos anos você tem Audrey?

Audrey: Pode me chamar de Drey se você quiser. Tenho cinco anos.

_ Então Drey, o que está desenhando? - Acho que não deveria ter feito essa pergunta, ele me olhou com uma carinha tão triste.

Audrey: Minha futura família.

Ouvir aquilo foi de cortar o coração, por impulso o abracei e ele retribuiu, era um abraço tão confortante, fiz carinho em seus cabelos antes de soltá-lo, ele sorriu novamente, e fiquei pensando que quando voltasse para a casa aquele sorriso lindo, não me deixaria dormir em paz, precisava daquele sorriso todos os dias. Ele voltou a desenhar algumas coisas indecifráveis enquanto conversávamos sobre o que ele gostava de fazer, sua comida preferida, o desenho que mais assistia e mais algumas coisas, tenho mesmo que dizer que aquela criança roubou um pedaço de mim para ela?

Quando deu 17:00 a senhora fofinha nos avisou que o horário de visita havia acabado, Kate já estava se despedindo das crianças, podia ver que ela também estava triste por ter que ir embora e deixar as crianças. Quando fui me despedir do Drey, ele me deu um abraço forte, e aproveitei para pegá-lo no colo, ele tem um cheirinho tão bom, dei um beijo estalado em sua bochecha e ele fez o mesmo comigo, assim que o coloquei no chão me perguntou:

Audrey: Você vai voltar?

_ Eu prometo que sábado que vem estarei aqui, e te trago uma barra enorme de chocolate tá? - E novamente aquele sorriso abalou as estruturas.

Audrey: Quando você voltar, farei um desenho só para você.

_ Olha que eu vou cobrar hein?

Lhe dei um ultimo abraço, me despedi de outras crianças e da senhora fofinha e Kate e eu voltamos para o carro, Tobi estava tirando um longo cochilo, com muita paciência conseguimos acordá-lo, depois que deixamos Kate em sua casa, seguimos para a nossa. Assim que botei os pés na cozinha, Simone veio me perguntar como tinha sido lá, contei que brinquei com todas as crianças que vinham até mim, contei sobre o Drey, o quanto aquele garoto mexeu comigo, ela me abraçou por várias vezes por que tudo o que eu falava dele, me deixava com lágrimas nos olhos. Foi uma experiência maravilhosa ter visitado aquelas crianças e se depender de mim, irei todos os sábados possíveis, e se Bill concordar, assim que casarmos, Audrey será nosso filho.

Subi para o quarto da Quim e contei para ela a minha experiência com as crianças do orfanato, e como ela anda bem mais sensível que eu, chorou muito também. Algum tempo depois a deixei descansar e fui para o meu quarto, fiquei fuçando o quarto do Bill, até que achei os seus brinquedos, um Woody e o Buzz Lightyear do Toy Story, os peguei e me lembrei do Drey, enquanto não puder adotá-lo, vou ajudá-lo com o que eu puder, seja com roupas ou brinquedos, e quando sábado chegar novamente, ele terá uma bela surpresa.

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