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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Fanfic - Amor, Sexo e Fotografia - Capítulo 50 - Amazing


Pov Ana.

Quando janeiro chegou, com uma senhora festa, com direito a fogos, champanhe, beijos, abraços e muita comida. Uma semana depois, Bill e os meninos voltaram para o estúdio e as gravações. Minha convivência com o Tom estava bem melhor, ele não se atrevia a ficar muito perto de mim, e eu evitava usar roupas curtas só para prevenir. Sei que ele mudou, posso ver em seus olhos, o que ele senti por mim agora, é apenas carinho, ele está arrependido de tudo e pretende conseguir o perdão da Quim a qualquer custo. Mas ele ainda sofre por carregar a culpa de eu ter ficado naquele estado, ter feito o Bill sofrer e ainda mais por não conseguir contar a verdade ao irmão.

Eu voltei para o Brasil, junto com o Tobi, é ele virou meu segurança particular e acima de tudo meu amigo. Me sinto a vontade em conversar com ele, acho tão fofo a forma como ele fala da esposa e como está ansioso pela chegada do filho. Assim que desembarcamos em São Paulo, pegamos nossas malas e um táxi. Fomos direto para a editora, precisava resolver alguns assuntos pendentes. O primeiro que encontrei ao entrar no prédio, foi o Jonny que quando me viu parecia uma gazela saltitante, me abraçou tão forte que quase destroncou o meu pescoço.

Fui até a sala do Sr. Carlos que me recebeu super bem, conversamos por um tempo sobre os meus trabalhos e decidi pedir demissão, já que vou ficar mais na Alemanha do que no Brasil. Ele tentou me convencer a ficar com o contrato, mas já tinha tomado minha decisão. Me fez uma carta de referência e nos despedimos. Precisava ainda vender o meu carro, então fui a uma concessionária e depois de uma longa conversa, finalmente pude pegar outro táxi e ir para a minha casa. Durante o percurso, fiquei reparando que Tobi não tirava os olhos da janela, vendo aquelas enormes montanhas e pastos ficando cada vez mais perto. Dei um cutucão em seu braço e assim que se virou, falei sorrindo:

_Willkommen in meiner Welt! (Bem-vindo ao meu mundo!)

Ele sorriu e continuamos a viagem, até o carro estacionar no portão da minha casa. Apertei a campainha, ouvindo os cachorros latirem, segundos depois, o portão foi aberto pela minha mãe que aparentemente estava na cozinha, já que usava um avental. Ficou surpresa ao me ver, ainda mais com um homem forte e bem alto. Me deu um abraço apertado e cumprimentou Tobi com um aperto de mão.Quando entramos no terreno, percebi que Tobi olhava que em todos os cantos havia algum animal, já estava acostumada com essa reação, todo mundo que entra aqui pela primeira vez fica espantado, e diz que até parece um zoológico.

_ Está vendo esses calos Tobi? - Mostrei minhas mãos - São de tratar de todos esses animais, pegar em muita vassoura e enxada. E o Bill ainda reclama quando as deles estão ressecadas.

Tobi: Seu noivo é cheio de frescuras, vá se acostumando.

Eu ri e entramos na sala, dali mesmo podia sentir o cheiro maravilhoso da comida da minha mãe, chegamos na hora certa. Mostrei ao Tobi o quarto onde ele iria ficar e fui para o meu, abri as malas pegando algumas peças de roupas e fui tomar um banho, não aguentava mais ficar com aquelas roupas de inverno. Na Alemanha ainda neva, mas aqui esta fazendo um sol de rachar

Depois do almoço, tentei ligar para a Quim, mas ela não atendia de forma alguma, o único jeito era ir até a casa dela, e foi o que eu fiz, parei bem em frente ao portão da casa dela e comecei a gritar:

_ QUIMBELY, É MELHOR VOCÊ SAIR AGORA, OU EU ENTRO PELA JANELA.

Não demorou nem um minuto e ela apareceu no portão vestindo roupas curtíssimas e com cara de choro, "será que ela não parou de chorar desde aquele dia?" Enfim, ela abriu o portão e pulou no meu pescoço fungando, acho que ficamos uns cinco minutos abraçadas, até ela se afastar e dar um meio sorriso.

_ Como você está?

Quim: Melhor, mas aconteceu outra coisa.

_ Quer conversar em outro lugar? - Assentiu - Mas antes, coloque uma calça, você é uma mulher de família.

Depois que ela entrou, colocou uma calça, e voltou, fomos com Tobi até a sorveteria, nada melhor que um potão de sorvete para abafar esse calor.

_ Quer me contar o que aconteceu?

Quim: Me deixe criar coragem primeiro, me conte como você está?

_ Estou bem, acabamos de voltar do Japão, eu posei de lingerie para um estilista famoso de lá, e o mais importante, eu e o Tom voltamos as boas.

Quim: E como ele está?

_ Ainda está sofrendo, ele sente sua falta, ele te ama Quimberly, ele precisa de você.

Quim: Eu estou grávida! - Ela soltou de uma vez, a colherada de sorvete que tinha na minha boca desceu rasgando. Eu fiquei muito surpresa e muito feliz, sempre quis que ela tivesse um filho.

_ É sério Quim? Você sempre faz essa brincadeira comigo e fico chateada.

Quim: Dessa vez é verdade, olha o exame. - Tirou um papel do bolso e me entregou, comecei a ler e estava escrito: Positivo.

_ Meus parabéns amor.

Quim: Obrigada, mas estou com medo.

_ Medo do quê? Você não é nenhuma criança, não depende dos seus pais, e sempre te disse que, eu te ajudaria no que for. - Parei para pensar um pouco, talvez tenha outra pessoa envolvida. - Esse filho é do Tom?

Quim: Claro!

_ Então está com medo de ele não querer o filho? - Assentiu - Quim, o Tom te ama e muito, ele seria incapaz de te rejeitar. Lembra de como ele ficou muito mal quando a Bárbara disse que nunca carregaria um filho dele? Você acha que isso não será a maior felicidade para ele?

Quim: Tenho certeza que ele me ama, mas estou com medo de voltar para lá e acontecer tudo de novo, eu não quero contar para ele, não agora.

_ Acontecer de novo o que, Tom e eu ter um caso? Nós já esclarecemos tudo isso Quim, pelo amor de Deus, o que aconteceu não foi por minha culpa.

Quim: Eu sei Ana, mas o problema é ele, não é fácil mudar uma pessoa de uma hora para outra, essa fama, quando ele vai fazer os shows o que será que não acontece?

_ Olha Quim, vamos fazer assim, você volta comigo, eu te pago um hotel o tempo que for preciso, escondo esse segredo, até que você esteja pronta para contar certo?

Quim: Ana, você tem o dom de me convencer a fazer as coisas.

Continuamos na sorveteria conversando e fiz com que Tobi me ajudasse mais um pouco a convencer a Quim fazer o certo. Quando já estava anoitecendo cada um foi para a sua casa. Uma semana depois, pegamos nosso voo e voltamos para Hamburgo. Consegui um quarto para a Quim ficar e pedi que me ligasse sempre e quando e quando precisasse. Peguei um táxi e fui para a casa do Bill, chegado lá só encontrei a Simone fazendo o almoço, quando me viu me deu um grande abraço e disse que Bill estava no estúdio com os meninos. Subi até o quarto, e encontrei minha coisinha fofa e peluda dormindo na cama, a peguei no colo e comecei a beijá-la, abraçá-la, me deitei na cama e ela começou a me lamber. Depois da nossa brincadeira, tomei um banho, o clima estava bem gelado ainda, havia um pouco de neve nas ruas então decidi colocar uma roupa mais quente, voltei para a cozinha, e como estava um pouco de fome, preparei um lanche e me sentei na bancada para comer.

Simone: Como está sua mãe, a Quim?

_ Estão muito bem. - Simone me olhava com aqueles olhinhos de mãe pidona, querendo saber de mais alguma coisa, e eu precisava contar que ela vai ser avó. - Simone, eu posso te pedir sigilo absoluto pelo que vou contar agora?

Simone: Claro querida, pode confiar em mim.

_ Então sente-se, pois acho que a senhora poderá cair. - E assim o fez. - A Quim está grávida do Tom. - Pronto falei, de momento assim ela não demonstrou nenhuma reação, mas um tempo depois ela foi ficando branca, parecia que ela ia desmaiar, eu até comecei abaná-la com o pano de plano, mas ai ela começou a sorrir.

Simone: E..eu vou ser avó? - Concordei com a cabeça. - Nossa! Mas por que esconder isso?

_ A Quim não está preparada para contar ao Tom, por causa da briga deles, mas ela está aqui em Hamburgo, hospedada em um hotel não se preocupe com ela. Posso te pedir mais um favor?

Simone: Sim.

_ Me empresta o carro para ir até o estúdio, to com saudade do meu bebê.

Simone: Aqui está as chaves, e voltem para o almoço ok?

Concordei pegando as chaves e sai da casa, entrei no carro, dei a partida e segui pelas ruas cheias de neve por uns vinte minutos até estacionar em frente a uma casa, era a do Jost e nos fundos dela havia um enorme estúdio, sai do carro e estremeci com uma rajada de vento, conversei com o Tobi que já estava fazendo o seu serviço lá no portão e entrei. Entrei pela casa mesmo e encontrei a Nath na sala de estar vendo TV, dei a volta no sofá e cumprimentei com um abraço, perguntei sobre os meninos e ela me levou até os fundos. Abri a porta com cuidado e encontrei Jost e Dave Roth, os cumprimentei e me pediram para me sentar no sofá que os meninos já estavam terminando de gravar, me sentei lá por uns dez minutos mais ou menos, estava quase dormindo, quando de repente alguém pula no sofá me fazendo cair do mesmo de susto, olhei para cima e vi o Georg rindo feito louco da minha queda.

_ Está querendo me matar seu Di Caprio falido?

Georg: Para de drama foi só uma demonstração de carinho.

_ Se isso é carinho, não quero nem imaginar o que é amor, tadinha da Lêh.

Georg: Deixa disso, me da um abraço aqui. - O abracei, ele estava tão quentinho, aqueles braços forte, me desculpe Lê, mas o seu namorado me tira do sério também.

_ Cadê o resto da turma? - Perguntei quando nos desvencilhamos.

Georg: Estão lá dentro, não sei como você aguenta a "perfeição" do seu noivo? Está lá reclamando que cantou mal.

Nós rimos e entrei na sala, Bill assim que me viu deu aquele sorriso fofo, eu tentei falar alguma coisa, mas fui calada por um beijo macio e quente. Fechei os olhos sentindo o calor me dominar, meus dedos agarraram seu cabelo com força, ele me suspendeu pela cintura e avançou alguns passos me encostando contra a parede, sua língua buscou a minha quase com desespero e nossos corpos tentavam a cada momento estar mais próximo um do outro. Sua boca encaixava perfeitamente sobre a minha, nossos lábios se moviam com tanta harmonia que o momento parecia coreografado. Meus pés tocaram o chão enquanto eu ainda me agarrava a Bill querendo mais. Relutante, permiti que ele afastasse o rosto do meu.

_ Nossa! - Falei meio atordoada. - Imagina se eu ficar um ano longe, o que não acontece.

Bill: Nem me fale isso pandinha, uma semana já foi muito difícil. Não quero nem imaginar quando a turnê chegar, pois o álbum já está quase finalizado.

_ Agente supera isso. Agora me deixe matar a saudade do meu maninho e do Gust.

Dei aquele abraço gostoso nos meus amigos, e minutos depois fomos para a casa do Bill para almoçarmos. Durante a tarde, enquanto desfazia as minhas malas e brincava com a Sally, Bill estava sentado na cama encostado na cabeceira lendo alguma coisa no seu notebook, alguém bateu na porta e Bill pediu para entrar, era o Tom.

Tom: Ana, podemos conversar um instante?

_ Claro!

Bill: Vou deixar vocês sozinhos.

Assim que Bill saiu do quarto, juro que tremi na base com medo de que algo pudesse acontecer, tipo o Tom me atacar novamente, mas a Sally estava ali para me defender, esqueci de mencionar que ela não foi muito com a cara do Tom, e com o Scotty não fica muito atrás, eles até brincam, mas ela sempre foge dele. Tom se sentou na cama, eu estava sentada em um pufe com minha bebê no colo, ele abria a boca para falar alguma coisa, mas não saía nada, decidi então dar o primeiro passo, sabia que era sobre a Quim.

_ A Quim está ótima Tom, não se preocupe. - Ele me olha tristonho. - Ela está com saudades suas, mas está indecisa em voltar para cá.

Tom: Ana, eu não aguento mais ficar longe dela, por favor me ajude! - Me da uma dor no coração vê-lo desse jeito. E a vontade de contar que ela está grávida. - Me ajude a traze-la de volta, quero pedi-la em casamento.

_ Olha, o que eu pude fazer enquanto estava no Brasil, eu fiz, só depende dela, querer voltar ou não. Mas eu tenho certeza que quando isso acontecer, vamos ter uma surpresa.

Tom: Por que eu tenho a certeza que você está me escondendo alguma coisa?

_ Ah Tom, se você soubesse tudo o que estou guardando aqui dentro. Ta lembrado do que aconteceu né? Eu temo o dia que a verdade vir a tona.

Recordar o passado nos fez ficar minutos em silêncio, o Tom tinha chances de conseguir a Quim de volta, mas e eu, será que eu teria o mesmo final feliz? Tom saiu do quarto me deixando arrumar as minhas roupas no cabideiro, depois de terminado, deixei a Sally dormindo em sua caminha e desci para a sala de estar.

No dia seguinte acordei com o Bill fazendo carinho nos meus cabelos, odeio quando ele acorda primeiro que eu, me sinto feia ao lado dele, o filho da mãe consegue acordar lindo, mesmo com a cara inchada e os cabelos desgrenhados. A claridade incomodava os meus olhos e não conseguia mantê-los abertos, me aninhei no peito nu do Bill, e com suas carícias, em questão de minutos peguei no sono novamente, quando acordei estava abraçada ao travesseiro, é ninguém mandou ter um sono pesado. Tirei as cobertas do meu corpo sentindo ainda aquele friozinho pela manhã, olhei no relógio e já se passava do meio-dia, nossa nunca havia dormido tanto assim. Me levantei, fui para o banheiro tomar um banho, coloquei uma roupa quentinha e desci para comer alguma coisa, foi quando tive a brilhante ideia de aproveitar esse friozinho e ficar sozinha com o Bill e algum canto. Me lembrei de quando fomos para a fazenda onde comemoramos o aniversário do Gus e reparei que no caminho, havia uma trilha que levava a um lago, não sei exatamente como é lá, mas não custa nada dar uma conferida.

Depois de terminar a minha refeição, voltei para o quarto e fiz minha higiene bucal, dei um beijinho na Sally e fui procurar pelo Bill, andei pela casa toda, não vi o Tom, a Simone estava no jardim com o Gordon e só fui encontrar o bendito no salão de jogos, entrei e vi que estava olhando e fuçando em uma pilha daquelas caixinhas de cd's, me aproximei e perguntei:

_ O que tanto procura Bill?

Bill: Um jogo que o Tom adorava jogar, mas faz tanto tempo que não me lembro o nome.

_ Se me disser como é mais ou menos o jogo posso te ajudar.

Bill: E você lá sabe de videogame?

_ Tá me xingando né cabeção? - Falei rindo e Bill fez uma cara de ofendido. - Eu derroto todos vocês de olhos fechados no Guitar Hero.

Bill: Certo. - Se deu por vencido - É um jogo em que um homem faz várias missões, rouba carros, ele é praticamente um bandido, e para abrir as outras cidades ele tem que completar todas as missões.

_ GTA! - Falei como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. - Eu vi uma entrevista em que o jogo favorito do Tom quando tinhas uns 13 anos era o Vice City.

Bill: Como é que você sabe de coisas que até eu esqueço?

_ Eu sou fã, simples assim. Mas eu não vim te ajudar a procurar o jogo, já que hoje tu não vai para o estúdio, queria te levar para conhecer um lugar.

Bill: Ah é? - E vem se aproximando com a cara mais safada do mundo. - E onde a senhorita pretende me levar? - Me segura pela cintura.

_ Primeiro, me diga se confia o seu carro em minhas mãos. - Sua cara rígida se fechou levemente. Ele meneou a cabeça indeciso.

Bill: Ninguém toca no meu carro, nem mesmo o Tom. - Disse um pouco exaltado, sei muito bem que o carro é uma preciosidade para ele, assim como o do Tom é para ele, mas eu queria levá-lo até o lugar, como surpresa.

_ Tudo bem, mas saiba que eu tinha planos para nós essa noite. - Me soltei dele e segui para a porta, mas antes de sair avisei. - Estarei no quarto, se você não subir em cinco minutos, vai dormir no sofá.

Bill: A casa é minha, não pode-me obrigar a nada.

Fechei a porta com uma certa brutalidade, fechei a cara, me tranquei no quarto e não conversei mais sobre o assunto. Pois Bill não voltou para o quarto naquele dia, tínhamos brigado novamente e por causa de bobagem.

Uma semana se passou, o frio já tinha ido em bora dando lugar a um brilhante sol, Bill e eu não estávamos nos falando, aquilo me agoniava, mas eu não ia dar o braço a torcer foi ele que me tratou mal, ele que venha-me pedir desculpas. E isso aconteceu no dia seguinte, eu estava no jardim, sentada na grama brincando com a Sally, quando me deitei com os olhos fechados, um tempo depois eles ficaram mais escuros do que deveriam, ao abri-los, vi Bill quase sentando sobre a minha barriga, deu um sorriso fraco e sacudiu as chaves do carro perto do meu rosto.

Bill: Me desculpe, eu fui um idiota.

_ Concordo contigo. Mas como te amo muito eu te desculpo. - Aproximou seu rosto até encostar os seus lábios nos meus.

Bill: Você (Beijo) é o amor (Beijo) da minha vida (Beijo) - O envolvi com meus braços e aproximei nossos rostos para que pudéssemos nos beijar. Quando nos separamos pela falta de ar, ordenei:

_ Agora sobe para o quarto, se arruma, nada de maquiagem pesada e cabelo espetado, bem básico mesmo, e quando voltar já estarei pronta.

Assim que Bill entrou na casa, antes me deixando as chaves, fui para a cozinha abri a geladeira pegando alguns doces, salgados e algumas latas de Coca-Cola, peguei uma toalha de mesa vermelha e coloquei tudo dentro de uma cesta. Simone apareceu perguntando o por que daquela enorme cesta em cima do balcão, expliquei que iria levar Bill para um piquenique. Ela concordou e saiu, peguei as chaves do carro, desliguei o alarme, abri a porta e coloquei a cesta no banco de trás. Corri até a lavanderia procurando por algum lenço e por sorte achei um pendurado no varal e o coloquei no bolso. Pouco tempo depois Bill apareceu mais normal do que eu imaginava, touca na cabeça, uma camiseta larga, calça jeans e tênis.

_ Vamos? - Perguntei e ele me olha confuso - Vou te levar para um lugar que acho que você vai gostar. Mas você precisa ser paciente e aceitar uma condição.

Bill: Tudo bem. Eu aceito. - Disse, sorrindo; abri um sorriso enorme e tirei do bolso uma venda. - Você vai-me... Vendar? - Perguntou, receoso.

_ Você aceitou. - Falei fazendo manha. - Além do mais, você confia em mim... Não confia? - Perguntei praticamente fazendo chantagem emocional.

Bill: Ok, pandinha. Vamos logo. - Comentou e ri, fazendo-o rir comigo.

O vendei e o ajudei a entrar no carro. Dirigi por quase vinte minutos pelo mesmo caminho que Gordon fez aquele dia e estacionei o carro perto de uma porteira, desci do mesmo e fui abri-la, feito isso voltei para o carro e seguimos por uma trilha de terra. Assim que parei novamente, Bill tentou tirar a venda, mas o impedi. Desci do carro e o ajudei a fazer o mesmo. Andamos um pouco, e paramos.

_ Acho que aqui já está bom. - Comentei rindo fracamente e tirei a sua venda.

O lugar era muito bonito, a grama bem verdinha, muitas flores e árvores ao redor, Bill estava tão surpreso quanto eu, o lugar era admirável. Parou próximo a um lago, o segurei de lado pela cintura, e andamos por uma passarela de madeira até chegar ao meio do lago onde havia um quiosque. O lago tinha suas águas calmas e em cada canto que se olhasse, tinha árvores se reconstituindo depois de um longo inverno, o mesmo acontecia com o gramado. Os olhos do Bill estavam brilhantes devido a beleza do lugar, estava acompanhando o voo dos poucos pássaros que estavam por lá.

Bill: Como você achou esse lugar?

_ No dia do aniversário do Gustav, como você estava dormindo no meu colo, aproveitei para observar o caminho que Gordon fazia, e minutos antes de chegarmos a fazenda, achei essa trilha, e queria conhecer com você.

Foi só o que dera tempo de falar, Bill me abraçou, tão forte, tão seguro, e ao mesmo tempo delicado, quando se afastou estava a centímetros do meu rosto, roçou nossos narizes e foi para meu pescoço, onde distribuiu vários beijos, depois sussurrou no meu ouvido:

Bill: Me desculpe por ter sido rude com você, esse lugar é lindo, e quero fazer dele o nosso segredo.

_ Bill me prometa que vamos continuar nos amando, mesmo que algo ruim aconteça?

Bill: Por que está-me pedindo isso?

_ Apenas prometa Bill. - Ele fecha os olhos e suspirando me responde.

Bill: Eu prometo.

Ele voltou a me encara e encostou nossos narizes, deixando que sua respiração pairasse perto dos meus lábios. Roçou os lábios nos meus e começou a me beijar graciosamente, movimentando a língua devagar e deixando que ambos explorássemos as respectivas bocas, tornando-nos um só. Minutos depois aquele beijo foi cessado, segurei em sua mão e caminhamos até o carro, peguei a cesta, e fomos explorar mais daquele lindo lugar, o sol começava a ficar mais forte, paramos embaixo de uma enorme árvore, estendi a toalha sobre a grama e nos sentamos, começamos a comer o que havia na cesta. Bill deitou sua cabeça nas minhas pernas e fui-lhe dando uvas na boca e em seguida o beijando sentindo o leve azedo das uvas se misturando com o doce sabor dos teus lábios.

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