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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Fanfic - Amor, Sexo e Fotografia - Capítulo 64 - Keep Holding On




Pov Ana

Alguns meses se passaram e eu segui todos os passos que a mãe da Fabi me passara. Com os ultrassons, vi Samira crescendo cada vez mais, e a cada mexida ou chute que ela dava na minha barriga, era uma emoção. Já podia imaginar como ela seria. Os olhos amendoados do pai era o que com certeza chamaria atenção. Eu sabia que mais ou menos dias, voltaria a pensar em Bill, afinal esquecer é difícil. Ainda mais esquecer coisas boas. Momentos felizes. Sorrisos. Aplausos. Aquela noite. O beijo. Aquela dança. Depois de tantos meses, ainda continuo pensando nele, querendo saber a qualquer custo como ele está, se ainda me ama e sente minha falta. Continuo com esperanças de que um dia ele me ligue e me diga para voltar, mas já se passaram tanto tempo, e é como se ele não existisse, pois fiquei isolada do mundo, não sei o que acontece lá fora e Fabi também não me conta. Todas as vezes que o telefone toca peço a Deus para que seja ele, me dizendo que se arrependeu de tudo o que me disse. Mas a maioria dessas ligações é da minha mãe, perguntando se estou bem. Contei a ela sobre a gravidez e minha separação, esperava que me desse uma bronca, mas ela entendeu meu sofrimento e me pediu para voltar para casa.


Nem se eu quisesse eu poderia voltar, afinal enorme do jeito que estou é capaz de ter a Sam dentro do avião, e também voltar para aquela casa me faria lembrar de muitas coisa, ainda mais de um lugar ali perto que marcou a minha vida. Mas do que adianta ficar pensando isso, se onde realmente tudo aconteceu fica a alguns quilômetros daqui, a agência onde trabalhava, nosso primeiro encontro, é tão difícil ficar lembrando disso, é como se fosse ontem. Ainda fico arrepiada lembrando do nosso primeiro toque de mãos, as trocas de olhares, o primeiro beijo, ainda não da para acreditar que o perdi, por uma mentira, por um erro idiota.Ainda dói acordar e não vê-lo do meu lado da cama, me desejando bom dia com aquele lindo sorriso em seus lábios. De ser acordada por suas caricias, seus sussurros pedindo para o Drey não fazer barulho, pois eu ainda estava dormindo. Que saudade do meu filho, de levá-lo para a escola e o vendo fazer sucesso com as garotinhas da sua idade. Por que é tão difícil meu Deus?


Em um momento de solidão e desespero, me deixei ser beijada pela Fabi, eu sempre soube que ela de certa forma sentia algo por mim, desde a primeira vez nos beijamos. Eu aceitei, por agradecimento por tudo o que ela tem feito por mim, por me proteger, cuidar da minha saúde, por ser um verdadeiro "pai" para a minha filha. Mas, mais longe do que isso eu não poderia ir, era apenas um beijo para agradecê-la, com tudo que está acontecendo em minha vida, me relacionar com outra pessoa seria um erro, ainda mais com uma pessoa que é tão boa comigo, não quero magoá-la também.


X.X


Certo dia recebi um telefonema que me deixou muito abalada, mas ao mesmo tempo feliz, eu sentia muita falta dela, da sua voz, do seus abraços, Quim não tinha culpa de nada do que estava acontecendo, ela foi tão vitima quanto eu, mas ao contrário de mim, ela conseguiu perdoar a mim, ao Tom e está feliz ao lado dele. Conversamos por algum tempo, me perguntou onde estava morando e que queria me ver a todo custo, hesitei em contar, mas acabei lhe passando o endereço da Fabi. Me disse que apesar do que aconteceu, ninguém tem raiva de mim, mas não tinham coragem de entrar em contato comigo. Em um certo momento o telefone ficou mudo, segundos depois quando ouvi a voz do Tom comecei a chorar. Podia ouvi-lo chorar e me implorar perdão, não conseguia falar nada, apenas soluçar de tão forte que era meu choro, estava me sentindo muito mal, meu peito estava doendo muito, antes de desligar disse que o perdoava. Senti meu corpo pesar, a visão escurecer e quando acordei já estava no hospital. A médica me alertou que não posso sofrer emoções muito fortes, pois os riscos para o bebê são muito grandes.


Uma semana depois de ter falado com a Quim pelo telefone, em um domingo pela manhã, a campainha tocou. Fazia pouco tempo que havia acordado e ainda estava meio sonolenta, tomava uma xícara de café, sentada a mesa ao lado de Fabi, olhava a mesma suplicando que ela fosse atender. Ela então se levantou e caminhou até a porta, a campainha ainda tocava, a pessoa do outro lado parecia muito insistente. Quando ouvi a porta sendo aberta e passos vindo em direção a cozinha, me levantei com cuidado devido ao peso da barriga, no mesmo instante, Quim (segurando a mão da Sophie) e Tom entraram no comodo. Quim me olhou de cima abaixo alargando seu sorriso.


Quim: Meu Deus! Você está enorme! - Ri do seu comentário.


_ Eu sei! - Me aproximei dela, abraçando-a - Que saudades maninha.


Quim: Não sabe o quanto senti sua falta - Se desvenciliou - Me desculpe por ter me calado. Fiquei apavorada, Bill estava fora de si.


_ Tudo bem, eu entendo. - Sorri - Como vocês estão? - Olhei para Tom que me sorriu fraco, dei um abraço na minha sobrinha. - Você está tão linda, Sô.


Tom: Estamos bem, Ana. - Me abraçou apertado, me segurei para não chorar. Me afastei um pouco e olhei em seus olhos, céus, por que tinham que ser tão parecidos? - Você me parece bem melhor. Está linda.


_ Obrigada! Fabi tem cuidado muito bem de mim. - Sorri fraco, mas logo meus olhos marejaram, por mais que soubesse a resposta, eu precisava saber como Bill estava. - Alguma notícia do Bill, sabe como ele está?


Tom: Desde aquele dia, nunca mais vi o Bill. Mamãe diz que ele está bem, quando se falavam por telefone. Mas faz alguns meses que eles não se falam, ainda mais depois que levou o Drey para morar a força com ele.


_ Eu sinto falta deles. - Digo baixo tentando controlar a vontade de chorar. - Muita falta, mesmo.


Tom: Eu sei! - Abaixa a cabeça. - E é tudo culpa minha, fui um completo idiota.


_ Não se culpe. - O abraço forte. - Todos erramos, já passou Ok? - Me afasto dele, mas seguro seu rosto com ternura. - Agente supera isso, mas preciso que fiquem perto de mim, sem vocês ao meu lado, é quase impossível.


Abraço ambos novamente e os deixo se acomodarem na sala de TV. Continuamos a conversar durante um bom tempo, mesmo que as informações não fossem completas, me contentava com o pouco que me falavam, que estava acontecendo na Alemanha. Depois de algumas horas voltaram para o hotel onde estão hospedados.


X.X


Duas semanas depois, estava assistindo TV na sala, comendo um pote de sorvete de chocolate - o que foi um desejo vindo da gravidez - quando passou uma reportagem dizendo sobre os Tokio Hotel, devido ao afastamento dos irmãos e da banda toda. Fabi estava na cozinha preparando seu milk-shake e, quando ouviu o nome da banda ser dita, veio para a sala com apenas uma colher na mão. Procurei o controle para mudar de canal, mas pude ouvir sobre Bill e sua nova namorada antes de achar o mesmo. Fiquei imóvel ao ouvir as palavras vinda da repórter e ver as fotos aparecendo na tela. Fabi foi mais rápida do que eu, desligou a TV e, olhou pra mim. Vi em sua expressão que ela não tinha palavras para me consolar, ou até mesmo, dizer. Senti uma pontada na barriga e logo passei a mão a acariciando. Era a minha pequena, pedindo por atenção. Parecia até que ela estava tentando me distrair para não pensar em mais nada sobre Bill. Os chutes foram ficando cada vez mais fortes e pude começar a sentir as contrações. Comecei a respirar forte e Fabi logo percebeu que estava na hora. Ela abriu a porta rapidamente, me ajudou a levantar do sofá, pegou a chave do carro e rumamos a maternidade a toda velocidade.


Entrar nas contrações era como estar em uma montanha Russa ou de frente para uma onda muito grande e forte. Sempre morri de medo de montanha Russa e de ondas fortes, mas decidi me entregar, não lutar contra e permitir ao meu corpo responder a essa sensação de prazer, de dádiva, de amor, de relaxamento. Quando falo em “dor” não quero em nenhum momento relacioná-la com sofrimento, ainda mais depois de ter passado por essa experiência. Considero a dor mais como um movimento de abertura, como um rompimento necessário.


Enquanto Fabi estacionava, passei meus dados para uma atendente na recepção da maternidade. Quando mediram minha dilatação eu estava com nove centímetros! Não acreditei e comecei a chorar emocionada.A suite de parto normal estava ocupada e fomos para um quarto. A enfermeira preparou a água do chuveiro pra mim e fiquei lá até uma outra enfermeira avisar que estava livre. Fabi ficou na recepção dando entrada na internação e chegou quase uma hora depois, dizendo que havia brigado com muita gente para vir até mim, com medo de perder o parto. Ainda mais que havia avisado a Quim (que mais uma vez veio a Los Angeles) que estávamos nos hospital, e ela juntamente com o Tom queriam estar presente quando Sam viesse ao mundo. Quando entrou no quarto, me disse que tentaria registrar o possível do trabalho de parto.


Fizemos o cardiotoco (cardiotocografia, exame que monitora os batimentos cardíacos do bebê e as contrações uterinas) enquanto eu estava sentada na bola fazendo exercícios para ajudar na descida da bebê. Depois entrei na banheira. A parteira que auxiliaria a médica chegou, falou comigo, me passou uma paz e uma segurança enormes. A médica chegou, me examinou e disse que a bebê ainda estava alta. Nessa hora pensei que ia demorar muito pra nascer. Foi estranho quando as contrações mudaram e veio a primeira vontade de fazer força. Eu estava no expulsivo, a fase que no final da gravidez me deixara um tanto preocupada pelo tamanho estimado da bebê. Algo me movia por dentro, era como se minha filha me pedisse para empurrá-la para fora. A vontade de gritar loucamente veio também, e os gritos me ajudavam muito a liberar a pressão que sentia.


Fui para a banqueta de cócoras e nessa hora segurava ainda mais forte as mãos da Fabi e de uma enfermeira, mas eu queria ter o Bill ao meu lado, ou minha mãe para me dar mais força. Logo aconteceu algo que achei incrível: pari a bolsa das águas, intacta! A bolsa não estourou e sim coroou, saiu como se fosse a cabecinha de um bebê. Foi muito bonito esse momento, me senti especial, pois falaram que era muito raro acontecer. Sempre que a parteira me examinava, me incentivava dizendo que estava indo muito bem. A anestesia não foi necessária em nenhum momento e acho que isso foi por conta de todo o preparo e esforço anteriores. Ter uma equipe maravilhosa me acompanhando também ajudou muito, sem falar da Fabi, que não saiu de perto de mim e me deu toda a força de que eu precisava.


Quando vinha a vontade de fazer força eu apertava a mão da Fabi e jogava a força nos ombros. A Doutora me disse para jogar a força para a barriga e transformar a dor em força. Ali descobri como parir e tive a verdadeira noção da força que eu tinha para fazer aquilo acontecer. Quando fiz a primeira força e senti a bebê descer foi incrível! O segundo ajuste proposto por ela foi ir para a cama e sentar na banqueta de cócoras. Como não deu tempo, fiquei na cama, na posição semi-deitada, bem tradicional. Quando me mostraram as duas barras na lateral da cama como apoio para segurar na hora de fazer a força me senti uma Hulk, super poderosa e pronta para parir o mundo! Quando fiz força naquela posição apareceu o cabelo da Sam. Colocaram um espelho para eu ver e tudo aconteceu bem rápido. Em uma segunda, terceira força, bem grandes, ela foi aparecendo aos poucos, cada vez mais, até nascer por completo. Ouvi um choro e logo Dra. Williams colocou ela em meus braços. Senti o calor do corpo frágil dela junto ao meu e senti uma lágrima escorrer pela minha bochecha. Ela parou de chorar quando o aconcheguei em meus braços.


– Já decidiu qual vai ser o nome dela? - A Doutora perguntou com um sorriso largo no rosto, emocionada com a cena.


_ Samira.


Beijei a pequena bochecha daquela coisinha em meus braços. Fui levada até o quarto onde ficaria durante três dias, até poder levar a minha Sam para casa. No quarto recebi a visita do Tom e da Quim que estavam muito emocionados.


Quim: Ela é a coisa mais linda que existe, gente! - Disse enquanto balançava carinhosamente Sam em seus braços. - Parabéns, flor. Ela é realmente linda. - Ela olhou pra mim e eu abri um largo sorriso.


_ Obrigada, Quim. - Agradeci olhando para a pequena. - Agradeço a vocês por terem ficado do meu lado. Tenho também que agradecer a Fabi por tudo. Pelas horas de sono perdidas, por atender meus desejos absurdos, enfim, muito obrigada. - Olhei pra ela emocionada. Ela me abraçou, emocionada também.


Dois dias foram o suficiente naquele hospital. Sam tinha nascido saudável a ponto de poder sair um dia antes do previsto. Fabi abriu a porta segurando a malinha da pequena e eu entrei com ela dormindo em meus braços. Subimos com o elevador, assim que entramos no apartamento fui direto para o quarto, (que agora era meu e da Sam, a Fabi tá dormindo em um colchão na sala) a coloquei no berço branco ao lado da cama e a cobri com uma manta rosa. Tirei os sapatos e os coloquei ao pé da cama. Sentei na mesma e fiquei observando Sam dormir, fazendo carinho em seu rosto. Fabi bateu de leve na porta e entrou no quarto, deixando minha mala e a da pequena em cima da poltrona. Ela sentou ao meu lado, a observando também.


_ Eu acho que ela vai ser parecida com o Bill. - Continuava a acariciar o rostinho da Sam, quando comentei com Fabi.


Fabi: Ela é muito pequena ainda, vamos saber só mais tarde. Mas eu acho que ela vai ser parecida com você.


X.X


Alguns meses se passaram e Sam estava cada vez mais parecida com Bill. Ela tinha olhos amendoados e cabelos castanhos bem claros, quase loiros. Estava na cozinha preparando o leite da Sam, durante os seis meses consegui lhe dar o peito, mas agora no oitavo mês, ela prefere a mamadeira.


Fabi: Sam! Deixa isso ai, danadinha!


Lhe chamou a atenção, quando ela estava pegando o porta-retrato em cima da mesa de centro. Ela a olhou fazendo um bico que só ela sabia fazer - que era muito parecido com o do Bill, o que gamava qualquer um - e saiu engatinhando da sala, me encontrando na cozinha preparando a mamadeira. Ela agarrou minhas pernas e escondeu o rosto entre-elas. Espiava Fabi que se aproximava dela estendendo as mãos em sinal de fazer cócegas nela. Ela o agarrou e começou a fazer as tais cócegas que a fazia gargalhar gostoso. A peguei no colo e a deitei em meus braços lhe dando a mamadeira. Ela passava as mãozinhas pelo meu braço, me acariciando, enquanto a outra segurava a mamadeira.


Faz mais de um ano desde a minha briga com o Bill, ele nunca entrou em contato sobre a separação ou a guarda do Drey, acho que por isso, ainda tenho esperanças de que um dia possamos ficar juntos novamente. Que eu saiba aquele suposto namoro dele de um tempo atrás era tudo fachada, ainda mais que eles só foram vistos juntos umas duas vezes no máximo. Estou tentando voltar a minha antiga rotina, assisto TV, acesso a Internet, evito ler algumas coisas que possam me afetar, mas já estou me sentindo muito melhor, Fabi e Sam tem me dado forças para continuar.


Quando saio as ruas, algumas fãs ainda me olham feio, mas não podem fazer nada, elas não teriam coragem de bater em uma mulher que carrega um "filho do Tom Kaulitz" como todos acreditam. Mas seriam muito idiotas de acreditarem nisso, pois ele e a Quim estão juntos até hoje e muito felizes, mesmo depois que ele deu uma declaração avisando que a filha não é dele. Talvez elas achem que o Tom a traí comigo, aff. Dois meses atrás, eles vieram para Los Angeles e para minha surpresa, acompanhados de Simone e Gordon. Foi um dia muito emocionante para mim, eles me apoiaram, diziam que sempre iam ficar do meu lado, e a Sam foi uma alegria para eles. Tenho recebido ligações dos G's e das meninas perguntando sobre a minha menina, as vezes mando fotos dela para eles. Meus pais tem a visto pela WebCam, mas avisei que logo estaria no Brasil, pretendo aceitar uma proposta que recebi.


_ Eu estive pensando. Acho que vou aceitar a proposta. - Fabi se jogou no sofá e olhou pra mim.


Fabi: Deveria mesmo. Afinal, depois de tudo o que lhe aconteceu, voltar a trabalhar seria uma boa distração. - Olhei para Sam que fechava os olhos. - Vai ser maravilhoso. Até porque, vai matar a saudade da sua Terra. - Sorri pra ela.


_ Você podia vir comigo. Já que vai entrar em férias. - Olhei a pequena que já dormia - Assim poderia me ajudar com a Sam. Não sei se ela teria paciência de ficar horas no avião.


Fabi: Claro que aguenta, flor. Ela vai dormir a maior parte da viagem, pode ter certeza. - Se levantou quando me viu levantar com a pequena no colo. - Claro que vou com você. - Disse animada.


_ Quando podemos ir? - Perguntei colocando Sam no berço.


Fabi: Semana que vem, provavelmente. - Ela me passou a mantinha dela que estava em cima da poltrona.


_ Acho que Sam vai gostar de conhecer o Brasil. Aproveito para limpar a minha ficha com as fãs - Sorri e ela me abraçou.


Fabi: Oba! Isso vai ser muito bom. Pode ter certeza! - Saiu do quarto animada.

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