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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Fanfic - Amor, Sexo e Fotografia - Capítulo 44 - Someday!


Pov Tom

O primeiro dia da Ana no hospital se passou, fiquei o tempo todo ao lado do Bill, sentado em um sofá que ficava perto da janela. Pela manhã Quim ficou ao meu lado e aproveitou para ligar para o Brasil e avisar a família, foi doloroso a forma como a mãe dela reagiu e como a Quim chorava a cada palavra dita. Disse que não tinha condições de vir para a Alemanha, mas falei para a Quim que bancaria toda a viagem e hospedagem da mãe da Ana. Após desligar o celular ela se retirou do quarto e foi comprar alguma coisa para comermos, com muita insistência fizemos o Bill comer alguma coisa, ele estava com uma cara tão cansada, já não tinha mais maquiagem e os olhos estavam sempre vermelhos de tanto chorar e por não ter dormido nada durante a noite.

Era tão torturante para mim ficar naquele quarto olhando de um lado a Ana inconsciente e do outro o Bill sofrendo por não conseguir fazer nada para que ela melhorasse. Durante a madrugada enquanto eu tentava dormir, o ouvi chorando baixinho, rezando e fazendo uma promessa: Se ela acordar, ele vai parar de fumar. E acho que eu deveria fazer o mesmo, já que só de algumas horas que estou aqui quase fumei um maço de cigarro inteiro, seu eu continuar assim é bem capaz que também acabe em uma cama de hospital por ataque cardíaco.

No segundo dia, eu já estava ficando louco pensando em mil e uma maneiras para amenizar todo esse sofrimento e como contar ao Bill e a Quim como tudo aconteceu, mas o medo de perdê-los era muito maior. O tempo que fiquei fora do quarto, passei ao lado da Quim que também não se conformava com toda aquela situação. Fica abraçado a ela tentando confortá-la e sempre que tinha a oportunidade dizia que a amava e ela abria um sorriso, não tinha percebido antes, o quão lindo é o sorriso dela.

Fiquei me lembrando do dia de seu aniversário, quando fomos para Paris, nunca tinha me divertido tanto ao lado de uma garota. Já estamos namorando a tanto tempo e só agora percebo o quanto ela é especial para mim. Quando estou ao seu lado, esqueço que sou o guitarrista do Tokio Hotel, o Sexgott, aquele garoto que fica com uma garota por dia, tudo isso é esquecido, pois se estamos juntos até agora, é por que ela me ama e me vê como um simples garoto alemão, ela conhece os meus defeitos e minhas qualidade e me aceita como eu sou.

Ainda não me conformo por não ter percebido antes o quanto nos amamos e somos felizes. Eu realmente tive que estragar tudo mesmo, tudo por uma obsessão, por um desejo incontrolável, agora fico aqui me lamentando, e chorando feito uma criança morrendo de medo de perder o amor do meu irmão e da minha namorada. Mas também tem os meus pais e amigos que com certeza não vão aceitar o que eu fiz.


No terceiro dia fui com a Quim até o aeroporto buscar a mãe da Ana que estava muito assustada como que aconteceu com a filha. A Quim ficou o tempo todo ao lado dela traduzindo tudo o que o médico explicava a ela. Minha mãe também ficou confortando-a. Quando ela se sentiu preparada para entrar no quarto, fui conversar com o Bill.

_ Bill? - O chamei entrando no quarto.

Bill: Oi Tom, ela já chegou?

_ Sim, e quer ficar a sós com ela.

Bill: Tudo bem, já estou saindo.

Ele se levantou da poltrona e deu um beijo carinhoso no topo da cabeça dela, não pude evitar que uma lágrima caísse, tentei enxugá-la antes que Bill pudesse vê-la, mas era tarde.

Bill: Eu sei que você também está sofrendo Tom, afinal vocês são muito amigos.

_ Você não sabe o quanto maninho.

Bill: Logo vocês estarão brigando em frente à TV jogando videogame. - Sorri com seu comentário.

_ Assim espero. Vamos comer alguma coisa, você precisa se alimentar ou você vai sumir.

Bill: Tudo bem.

Saímos do quarto deixando com que a mãe da Ana ficasse sozinha com ela e fomos em direção a lanchonete, pedimos alguma coisa para comer e ficamos conversando, as vezes até conseguia tirar um pequeno sorrido do Bill, mas logo o silêncio voltava e sua face ficava triste novamente.

Depois de comermos, voltamos para perto do quarto, no corredor tinha um sofá e ficamos sentados em silêncio, Bill bocejava a todo momento, durante esses dias, ele não tem dormido mais que meia hora por noite. Fiz com que ele se deitasse com a cabeça no meu colo e fiquei afagando os seus cabelos, nunca tinha visto aqueles fios tão sem vida como está agora, usava apenas roupas de moletom e o rosto limpo, deixando as olheiras bem evidentes.

Alguns minutos depois ele pegou no sono, dessa vez ele dormiu por algumas horas, agora mais do que nunca precisava cuidar do meu pequeno, sim, por mais que eu seja mais velho por apenas dez minutos, ele era o meu irmão caçula e precisava protegê-lo.

Uma semana se passou, e nós ainda estávamos naquele hospital, nos revezando para ficar no quarto com a Ana. Ela aparentava estar bem melhor, estava mais corada do que antes, mas ainda não dava indícios de que iria acordar. Eu passava a maior parte do tempo ao lado dela, não dormia direito e comer era uma raridade, os quilos que havia ganhado enquanto a Ana me alimentava, já que com ela não tinha perdão, tinha que comer na hora certa e em boa quantidade, já havia perdido, e ela vai me matar quando me ver nesse estado. O Tom tem andado muito calado e grudado com a Quim, ele que sempre nos faz dar boas risadas, tinha se apagado. Ele também passava grande parte do tempo aqui, e eu sinto que ele está sofrendo tanto quanto eu, e que ele quer me dizer alguma coisa, mas não está conseguindo.

Eram quatro da tarde e estava procurando pelo doutor Harry, me disseram que ele estava no terceiro andar, então peguei o elevador e desci até lá, o encontrei no corredor conversando com um enfermeiro. Esperei que eles terminassem e a conversa e me aproximei.

Harry: O que deseja senhor Kaulitz?

_ Preciso saber se não há alguma coisa que posso fazer para agilizar a melhora dela.

Harry: Estive pensando nisso esses dias, muitos pacientes nesse estado, precisam de motivação para viver. Então a única coisa que você pode fazer por ela é estimular suas emoções, converse bastante, mas apenas coisas boas, conte histórias, e como o senhor é cantor, cante para ela, faça com que ela se sinta feliz. Mostre que tem muitas pessoas que a amam e que precisam dela, que estão esperando que ela volte. Do contrário, o jeito é ter paciência e esperar.

_ Obrigado doutor, farei tudo o que estiver ao meu alcance.

Ele sorriu e foi atender os outros pacientes. Voltei para o elevador e parei no sexto andar onde fica o quarto dela. No corredor encontrei as meninas e ela vieram me abraçar.

Lê: Como ela está Bill?

_ Está bem, conversei com o doutor agora a pouco, e me disse que tenho que estimular as suas emoções.

Cam: E como pretende fazer isso? 

_ Conversando muito e até cantar para ela. Temos que mostrar a ela que estamos esperando pela sua volta.

Lê: Pode contar com agente para o que precisar Bill.

Cam: Isso mesmo.

_ Obrigado meninas.

Nos abraçamos novamente e voltei para o quarto, espero fazer tudo certo e que ela volte o mais rápido possível. Eu sinto tanto a sua falta, por mais que fique a todo mento ao seu lado é como se eu estivesse sozinho, me sentia vazio. Sinto falta dos seus beijos, do seu carinho, da forma como sorri e como mexe nos cabelos excessivamente quando está nervosa. Ela é tão perfeita do seu jeito, ela me faz sentir tão vivo, mas é tão difícil ficar sem ela, sem ouvir sua voz, sua risada quase tão escandalosa quanto ao do Georg, a forma como ela me trata, sempre tão atenciosa, esses estão sendo os piores dias da minha vida. Mas eu sei que algum dia ela será toda minha.

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