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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Fanfic - Amor, Sexo e Fotografia - Capítulo 46 - You're Not Sorry!



Pov Any

Depois do infeliz incidente com o Tom, eu não me lembrava muito do bem do que havia acontecido. Tudo o que eu via era apenas um lugar completamente branco, não haviam pessoas, animais ou objetos, só havia o branco, e sem contar que as minhas roupas também eram brancas, presumi que fossem de algum hospital já que na parte de trás era aberta relevando minha bunda sem a calcinha. Sentia o meu corpo muito leve, os movimentos eram quase imperceptíveis e a respiração bem fraca. Me sentia como se estivesse morrendo aos poucos. Não conseguia fazer com que meus olhos ficassem abertos por muito tempo, ouvia-se muitas vozes mas não conseguia respondê-las, ouvia choros e lamentações, e isso durou por muito tempo, aquele cenário me angustiava profundamente. 


Queria sair dali a qualquer custo, até que um dia, todo aquele espaço branco havia-se transformado em um lindo jardim, a grama bem verdinha, muitas flores, animais e pessoas desconhecidas. Eu havia morrido e estava no paraíso? Sem nem ao menos ter passado pelo purgatório? Coisa mais estranha não? Aquilo não poderia ser real, era apenas um sonho, um sonho muito estranho diga-se de passagem. Eu não tinha noção de tempo, nada, apenas me deixava guiar pelo que acontecia ali. 


De repente tudo some e quando abro os olhos me assusto ao ver a minha própria imagem deitada em uma cama de hospital, toda encubada e com vários aparelhos ao meu redor. Bill estava sentado ao lado da cama em uma poltrona, seu rosto estava completamente inchado, muitas lágrimas corriam pelo seu rosto, e se o vesse na rua nesse estado eu não o reconheceria de forma alguma, sua aparência não era das melhores, estava mais magro, usava roupas largas e seu cabelo estava lamentável. A pergunta que me veio a cabeça ao vê-lo nessa situação, era: A quanto tempo eu estava ali?


Me aproximei tocando o seu rosto, mas ele não me sentia, o chamava pelo nome, mas nada acontecia. Senti meus olhos marejados e do nada tudo ficou completamente escuro e mais vozes surgiram, mas dessa vez eram em melodias, saíam em sussurros mas conseguia ouvir perfeitamente, aquela voz e a música cantada. Bill estava cantando, senti uma rajada de vento passando por mim e me arrastando para algum lugar. Os sussurros que estavam mais distantes se tornaram mais nítidos, senti algo quente tocando minha mão e por instinto o apertei com força, dos meus lábios saíram um Eu te amo, e por mais baixo que tenha sido, Bill conseguiu ouvir, pois a música havia parado. Pedi por favor que a continuasse, meu rosto estava molhado, aquela era uma das músicas que mais me emocionava quando ouvia e me sentia deprimida, era confortante ouvi a voz no Bill. 


Queria abrir os olhos e me movimentar e fiquei feliz ao conseguir realizar o ato. A primeira coisa que fiz, foi abraça-lo, o beijei com toda a minha paixão, era como se precisasse sentir aquela sensação maravilhosa a muito tempo. Trocamos carícias, olhares e declarações sinceras de amor. 


Quando Tom entrou no quarto e veio me abraçar, eu não consegui fazer o mesmo, um sentimento ruim se apoderou de mim, ele estava me fazendo se sentir muito mal, o queria mais afastado de mim possível, ele pareceu ler os meus pensamentos e se afastou rapidamente. Quando Bill me falou que tinha ficado em coma durante um mês, fiquei muito assustada, da última vez que isso aconteceu foi durante uma semana, e confesso que dessa vez foi a sensação mais bizarra que já tive.

Ao me perguntarem o que havia acontecido, a minha vontade era de contar tudo o que eu sabia, mas algo me impediu de fazer isso, aquele não era o lugar e nem o momento certo para resolver essa questão. Depois que Tom saiu da sala, Bill e eu ficamos nos beijando, e nos separamos pouco tempo depois devido ao susto que tomamos quando um cachorro pulou no meu colo e começou a lamber o meu rosto, na verdade é uma fêmea e a chamei de Sally. Meu sonho sempre foi ter um panda, o Bill até me deu um de pelúcia, mas eu queria um de verdade, mas como isso não é possível, me contento com um cachorro, na verdade eu fiquei muito feliz com aquele presente. Fiquei brincando com a cachorra por um bom tempo enquanto fiquei sozinha no quarto, já que Bill foi chamar o doutor. Quando a porta se abriu pensei que fosse ele, mas me surpreendi ao ver minha mãe atravessando o quarto vindo me abraçar. 

_ Mãe, o que a senhora está fazendo aqui?

Mãe: Tu acha que eu ficaria em casa sabendo que você estava doente?

_ Eu senti saudades.

Mãe: Eu também filha. Que susto você nos deu hein?

_ Mas agora estou bem. Como veio parar aqui? Perdeu o medo de avião?

Mãe: Nessas horas agente superar qualquer medo. E foi o Tom quem pagou tudo para que eu viesse até aqui. Ele é um rapaz muito bom. - Se ela soubesse que foi por causa dele que quase morri, ela não pensaria assim.

_ Ah sim, com certeza ele é muito bom. - Sim, eu fui bem irônica - Mas me diz, o Lu gostou do carro?

Mãe: Ele só faltou se jogar no meio da pista. Quando o carro chegou dentro de um caminhão, e o rapaz lhe entregou, as chaves, os documentos e o seu e-mail, ele não resistiu e começou a chorar. Ele pediu para lhe agradecer.

_ Quem diria, o machão chorou na frente de outras pessoas.

Mãe: Ele tem coração mole igual ao seu querida.

Minutos depois o Bill aparece com o doutor, pergunto quando poderei voltar para casa e me diz que tenho que fazer alguns exames para ver se está tudo bem mesmo e amanhã poderei ter alta. Logo os aparelhos foram desligados, eu pude tomar um bom banho, comi uma comida que não era feita na cozinha do hospital graças a Deus. Logo começaram as visitas, as meninas entraram todas juntas fazendo aquela farra toda, bexigas, flores e até línguas de sogra tinha, isso por que nem era o meu aniversário, imagina se fosse. Os G's, Nath, Jost, Andreas, Simone e Gordon também entraram e me abraçaram.

Na manhã seguinte, enquanto tomava café da manhã, o doutor Harry entrou no quarto me avisando dos resultados dos exames, que estava tudo em ordem e me deu alta. Troquei de roupa e quando sai do quarto, Jost veio até mim e comentou:

Jost: Preparada para encarar a imprensa?

_ Jura? Olha a minha cara de preocupada, se eles me perguntarem alguma coisa idiota eu simplesmente ignoro.

Jost: Vai lá então garota, arrasa - Me deu uma piscadela e gritou. - SEGURANÇAS.

Logo vieram os brutamontes e ficaram do meu lado até o Bill aparecer e me acompanhar até a porta de saída do hospital, e aquele bando de urubus nos cercaram nos cegando com os flashes e quase nos engasgando com os microfones nas nossas bocas. 


– Ana, Ana, você está grávida? - A primeira foi uma loira oxigenada que não fui com a cara dela.

_ Não!

– Você tem uma doença grave? - Esse foi um cara com a barba muito mal feita.

_ Muito menos.

– O que aconteceu então? - Tá estressada garota?

_ Bem...quando eu era pequena tive uma reação alérgica ao beber um gole de cerveja, e acabei ficando em coma, e aconteceu a mesma coisa a um mês atrás.

– Mas se você é alérgica por que bebeu álcool? - Como se eu tivesse bebido, sua loira, vou bater na sua cara, olha o tamanho do seu decote.

_ Na verdade eu não bebi, talvez tenha comido alguma coisa que contesse álcool.

– A sua família e da do seu noivo sabem disso?

_ Sabem.

– E você não acha que eles foram irresponsáveis por deixar você comer alguma coisa com álcool? - A culpa foi do Tom caramba.

_ Eles não têm culpa de nada, fui eu quem comi e eu me responsabilizo por isso. - Já estava ficando estressada com isso.

Jost: Chega de perguntas tudo bem? Vamos para a casa meninos. - Jost eu te amo.

Mesmo com aquele bando de gente me infernizando a vida, graças aos seguranças conseguimos chegar até o carro e fomos para casa. Durante o caminho eu não disse uma palavra, não esbocei nenhum sentimento, nada. O que eu queria era chegar em casa, ir direto para cozinha e comer uma fatia de bolo de chocolate com refrigerante de laranja, faz tempo que eu não faço isso. E também assistir aqueles seriados que não tem muita graça, mas você ri só de ver os personagens rindo, as vezes é contagiante. E quando o carro estacionou, sai correndo direto para a cozinha, abri a geladeira e peguei uma fatia de bolo e uma lata de refrigerante, fui para a sala de TV e fiquei lá o dia todo, assistindo. Eu percebi que todos estavam achando estranho aquela minha atitude, é que eles realmente não me conhecem, nem a Quim sabe o que eu tenho as vezes, por mais que ela presencie meus surtos de bipolaridade, ela nunca sabe o que vai acontecer comigo.

Bill: O que está acontecendo com você, Ana? - Se sentou no sofá ao meu lado.

_ Não aconteceu nada Bill, apenas estou fazendo o que tenho vontade, eu quase morri.

Bill: Mas você não morreu.

_ Mas eu tive uma experiência de quase morte, eu me vi deitada naquela cama e você estava ao meu lado chorando muito, eu tentava te tocar e não conseguia. - Olhava para ele com uma cara de desespero que ele estava ficando com medo de mim, comecei a chorar e tremia feito vara verde, ele me abraçou tentando me acalmar.

Bill: Fica calma amor, isso já passou, está tudo bem agora.

_ Bill, eu quase morri caramba, e ninguém sabe como aconteceu. - O segurava pelos ombros. - Na verdade sabem, mas...

Bill: Mas, o que Ana?

_ Mas nada Bill.

Bill: Pelo amor de Deus me conta.

_ Eu já falei que não é nada. - Nem eu estava, entendo o que estava acontecendo comigo. Nessa hora vi a Quim entrando na sala me olhando com uma cara feia. - O que foi Quim?

Quim: Não me venha com o seus surtos de bipolaridade que não caio mais nessa, já chorei muito por você me tratar mal quando isso acontece. Agora vai ficar ai descontando no Bill?

_ Ah me deixem em paz.

Me levantei do sofá e corri para a escada, subi pulando os degraus em dois em dois e entrei no quarto, me joguei na cama, em pouco tempo peguei no sono e dormi, não sei se Bill dormiu comigo pois quando acordei ele não estava do meu lado. Me levantei e fui até o banheiro, liguei o chuveiro e enquanto esperava a água aquecer, me despi e fiquei encarando minha imagem no espelho, eu me sentia muito diferente, minha aparência não estava nada boa, entrei embaixo do chuveiro e deixei a água relaxar o meu corpo. Quando terminei o banho, voltei para o quarto e troquei de roupa. Um tempo depois ouço alguém bater na porta, se fosse o Bill eu iria pedir desculpas pelo meu comportamento. Mas dessa vez não era ele.

Tom: Posso entrar? - Demorei para responder, eu não queria vê-lo, não queria conversar, o queria longe de mim, eu estava com raiva dele.

_ Entre. - Assim que ele entrou, estava sorrindo e veio me abraçar, mas me desviei dele e o encarei com uma cara de poucos amigos e seu sorriso desapareceu. - Feche a porta. - E assim fez.

Tom: Ana me desculpe por tudo isso, desde o início eu me comportei como um idiota, fui infantil em insistir em um amor que eu não tinha chances de ser correspondido. Peço-te perdão por ter feito você ficar nesse estado, eu tinha bebido demais, não pensei nas conseqüências, por favor perdoe-me por isso. - Ele se aproximava com a intenção de me abraçar, mas eu o queria o mais longe possível. - Eu me arrependo de tudo o que fiz, eu pensei que fosse te perder, eu quase te matei.

_ Você já me perdeu Tom, o que você fez aquele dia, era motivo para mim nunca mais olhar na sua cara, para acabar com a nossa amizade, e com o meu relacionamento com o Bill. Lembra-se do nosso acordo? De quando você disse que ia se controlar, que nossa amizade era mais forte que tudo, que não íamos decepcionar nossos parceiros e a nós mesmo?

Tom: Eu prometo que isso não vai mais acontecer.

_ Não mesmo. Eu tentei ser sua amiga e você viu no que deu, então de agora em diante, de hoje em diante, é cada um para o seu canto, eu quero que você fale o que for extremamente necessário, pois se você passar dos limites, eu juro que nunca mais falo com você e vou embora dessa casa, por mais que ame o Bill e toda essa família, mas de uma coisa eu sei, depois que todos descobrirem a verdade, eu vou ter que ir embora mesmo. Pela sua infantilidade, por não ter controle de si próprio, e por eu ser essa garota que confia demais nas palavras dos outros, estou a ponto de perder o amor da pessoa que mais amo nessa vida, e minha melhor amiga. Será que você não percebeu antes, que poderíamos perder o amor dessas pessoas?

Sim eu estava descontrolada, eu gritava com ele, nunca pensei que chegaríamos a esse ponto, por mais que me doa falar com ele dessa forma, vai ser melhor para nós dois.Tom: Eu não queria que nada disso acontecesse, por favor perdoe-me, não me trate assim. - Eu não queria tratá-lo dessa forma, estava o fazendo chorar e não gosto que as pessoas sofram. Mas não podemos continuar assim.

_ Fique quieto pois ainda não acabei. Por que você está com a Quim afinal? Para satisfazer seus desejos, por que comigo não conseguirá nada? Será que você não percebe que vai fazê-la sofrer também, ela te ama Tom, vê se enxerga isso.

Tom: Eu a amo. - Suas palavras saíram em sussurros. - Eu só não tinha percebido isso antes.

_ Percebeu tarde demais não acha?

Tom: Quero pedi-la em casamento.

_ E acha que isso vai resolver as coisas?

Tom: Se eu não posso concertar o passado, quero melhorar o futuro.

_ Não me venha com citações filosóficas, pelo amor de Deus. - Caminhei até a janela e fixei em um ponto qualquer. - O que eu tinha para dizer, já foi dito, agora por favor saía do quarto.

Tom: Você não vai me perdoar?

_ Não agora.

O esperei sair do quarto e assim que a porta foi fechada com certa brutalidade me deixei cair na cama, não impedi que as lágrimas caíssem, de nada ia me adiantar segurá-las ia doer mais ainda, chorar aliviaria por um tempo a dor que estava sentindo no peito. Eu nunca havia brigado dessa forma com um amigo, essas palavras foram duras até para mim, por mais que eu quisesse perdoa-lo, nesse momento o meu coração não me permitia fazer isso. Tom é uma das pessoas mais incríveis que já conheci, é um ótimo amigo, sempre me ajudou quando precisei, somos praticamente irmãos. Tudo seria perfeito se não houvesse essa sua obsessão, se não houvesse atração entre nós e isso poderá acabar com as nossas vidas algum dia. Eu tenho medo de perder tudo o que conquistei, todo o amor do Bill, tudo por um erro.

A porta novamente é aberta, sinto o colchão afundando ao meu lado, não me viro apenas continuo chorando em silêncio, minha garganta doía demais, se eu pudesse voltar no tempo, não teria dado tanta confiança ao Tom, eu sabia o tempo todo como ele se comportava quando estava ao meu lado, mas me deixei levar, eu gostava do jeito que ele me olhava e dizia o quão bela eu sou. Para mim aquilo era apenas elogio de amigo, na minha cabeça apenas achava que aquilo não passaria de uma forte amizade.

Senti meus cabelos sendo acariciados, eu conhecia aquele toque como ninguém e eu não poderia mais enganá-la, eu tinha que contar toda a verdade, ela não merecia ficar sofrendo depois que essa notícia lhe chegasse aos ouvidos por bocas de outras pessoas, ela é minha amiga, minha irmã e confidente.


_ Quimberly? - A chamei me virando na cama para encará-la, meu medo era de que ela não me perdoa-se por ter escondido isso por tanto tempo. - Espero que você me perdoe depois do que eu lhe contar. 


Quim: Ana, eu não preciso te perdoar por nada, eu ouvi toda a discussão, apenas quero que me explique direito como tudo aconteceu. 


_ Eu não queria que isso estivesse acontecendo, eu fui fraca por me render as suas provocações, o Tom não aceitou ter apenas uma amizade comigo, ele queria mais do que isso... - Parei para respirar um pouco devido ao nó que surgia na garganta, suspirei várias vezes me lembrando como tudo aquilo aconteceu, desde o início, do nosso "primeiro" beijo, eu não podia mais guardar aquilo e lhe contei tudo o que havia acontecido, desde a casa da Bárbara até a discussão de hoje. Eu vi e senti que aquilo estava doendo dentro dela, ela chorava muitas vezes enquanto eu contava, mas ela precisava saber de toda a verdade e continuei. - ...e é por isso que te peço perdão minha irmã, eu escondi isso por tanto tempo pois eu tive medo de te perder, mas o meu maior medo é de perder o Bill. 


Quim: O Tom quase te matou. - Ela falava mais para si do que para mim. - Como ele pode fazer isso? 


_ Ele estava bêbado.

Quim: Mas tinha noção do que estava fazendo, e eu vou conversar com ele agora mesmo. - Antes de se levantar, me surpreendeu com um abraço apertado e um beijo em minha bochecha. - Eu te amo, e não vai ser por causa de um incidente que as coisas vão mudar.

_ Eu também te amo, você é a melhor irmã do mundo. 


Lhe dei mais um abraço e ela saiu do quarto, eu só espero que as coisas não fiquem piores do que já estão, conhecendo a Quim como eu bem conheço, vai ter barraco e dos grandes, mas espero que de tudo certo no final, e se o Tom for homem e honrar a palavra de lhe pedir em casamento, ela vai se derreter e acabar o perdoando. 


Algumas horas depois que tinha pegado no sono, acordei com alguém acariciando o meu rosto, abri os olhos vagarosamente e vi que Bill sorria, lhe dei um sorriso fraco e fechei os olhos novamente e disse: 


_ Me desculpe por tê-lo tratado mal. - Suas mãos afagavam meus cabelos agora.

Bill: Tudo bem, a Quim me falou das suas mudanças de humor. - Ele me puxou para deitar em seu peito. - Eu senti muito a sua falta. 


_ Eu também. - Comecei a arranhar o seu peito levemente. - Não quer compensar agora, toda essa falta. - Levantei o meu rosto e vi seu sorriso se tornando malicioso. 


Bill: Eu te amo. - Me levantei e lhe dei um selinho demorado. 


_ Eu também, e é para sempre.

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